Thursday, December 30, 2004

2005

GET MILES, Gomez

I love the silence but this silence killing me
Sitting here in silence, man I don't get no peace
The wave upon my shore take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head out towards the sea
Jump off this island gonna head out towards the sea


I love this city man but this city's killing me
Sitting here in all this noise man I don't get no peace
The cars below my street take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head out towards the sea
Gonna leave this city gonna head out towards the sea

Get miles away, get miles away, get miles away
Get miles

I love this planet but this planet's killin' me
Sitting here in all this grass man I don't get no weed
The sweat comin' from my pores take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head to the galaxy
Gonna leave this planet man gonna head to the galaxy

Get miles away, get miles away, get miles away, get miles away,
get miles away, get miles away, get miles away
Get miles

Friday, December 24, 2004

A minha mensagem de Natal

Para começar devo fazer aqui um acto de contrição, e repudiar publicamente o que escrevi antes acerca do Natal (10 e 24 de Dezembro 2003). A minha alma andava por essa altura dilacerada pelas paredes que desabavam em meu redor, não havia de me atingirem. O natal é na realidade uma época festiva e bonita. Uma época de união.

Passo na rua e que vejo eu num feriado solarengo: ricos e pobres a caminharem lado a lado, pensativos na forma de como usar o dinheiro das instituições Bancárias. Nada preocupados. Sorridentes, bem-dispostos que a vida são 2 dias: a véspera de Natal e a noite de passagem de ano. E os filhos de braço dado com os pais, sapato de vela herdado geneticamente.

Artistas consagrados, alguns a caminho do seu 2º álbum, a actuarem de borla para dar alguma alegria aos que sofrem nos nossos hospitais. Devo dizer que compreendo por razões puramente artísticas, algumas cantoras usem roupas curtas e coladas ao corpo. Certamente, que será com a melhor intenção, e na arte tudo é permitido, mas seria bom que elas pensassem que alguns dos internados sofrem de cancro da próstata, e numa altura que vão perder parcialmente os órgãos genitais, é quase sádico que tenham de se sujeitar a ver mulheres semi-nuas. Fica o reparo para “natais dos centro de saúde” futuros. A organização destes eventos magníficos fica ao cargo de estações televisivas apostadas em dar a conhecer o que de melhor se faz por cá (em Portugal) para bem da nossa cultura. Isto sim é serviço público!

E mesmo em recessão é bom de notar que perdura o espírito natalício nas empresas e locais de trabalho. Subordinados, que ainda não sabem o significado de downsizing e layoff, oferecem prendas aos superiores. Estes, aceitam as prendas a contra-gosto, e apenas para não fazerem a desfeita aos seus inferiores em ordenado, que isto de viver em sociedade obrigada a estes sacrifícios.

Eu agora já gosto do Natal e do Pai Natal, das decorações kitsch e da música do Kenny G. (será que ele é parente dum tal de ponto G?). Dos e-mails pirosos de natal e das mensagens padronizadas. Tudo isto é Natal! Que o Natal dure por muitos e bons anos!

Thursday, December 23, 2004

Lingua Portuguesa

Da mesma forma que uma multidão sem conta de igrejas e mosteiros se espalha, com suas cúpulas domos e cruzes, pela vasta e piedosa Rússia, assim uma multidão sem conta de raças, povos e nações se comprime e agita á superfície da terra. Cada povo possui em si próprio uma reserva de forças, determinadas faculdades criadoras e, particularidades bem definidas e ainda outros dons que Deus lhe deu. Mas de todos esses dons, o que o caracteriza, o distingue e melhor reflecte o seu carácter, é o verbo. A língua inglesa exprime um conhecimento profundo da alma humana e uma judiciosa compreensão da vida; a francesa cintila em clarões efémeros; alemã rumina laboriosamente uma frase profunda cujo sentido escapa a muita gente. Mas não há no mundo palavra tão completa, tão espontânea, tão estuante de vida, como a palavra russa aplicada a preceito.”

Nikolai Gogol, Almas Mortas 1841


E a língua portuguesa? Língua de poetas. Língua do maior de todos os que habitaram a modernidade: Camões!… ou será o Sramago?...hummm… Pessoa foi genial, e a esquizofrenia ficava-lhe bem!

Que língua fascinante é esta que tanto pode cantar as belezas femininas endeusando-as numa cantiga de amigo, e logo de seguida cobri-la de vergonha na praça pública com o escárnio de algumas cantigas. A língua de ridendo castigat mores e do teatro de revista. Nesta língua das frases sussurradas, onde as palavras tem mais do que um significado, e significam sempre o que os outros entendem.

“Vende chouriça?”

“Só se for da grossa! E a menina com esse ar triste está mesmo a precisar dum belo chouriço… não fique chateada! Assédio? Não! Sou apenas um pobre vendedor de enchidos, o mal está todo na sua cabeça, menina. Eu apenas faço propaganda ao meu material.”

Só nesta língua (ou deverei dizer idioma?) os verbos meter, enfiar, enterrar, sugar, lamber, comer, chupar, já para não falar das expressões todo lá dentro, agarra-me aqui, está todo? Preferes com força? Vais por detrás, ou pela frente? E tantas outras têm tantos significados.

Não é só o homem do chouriço que faz jogos de palavras. Todos nós, a começar por mim, fazemos insinuações (acompanhadas de um sorriso matreiro ou uma piscadela de olho) que não passam de filhos bastardos, rejeitados á nascença postos no mundo para todos mas sem ninguém assumir responsabilidades… “Não foi eu que disse, tu é que entendestes dessa forma”. Idioma dos fracos, covardes que não coragem de dizer o que lhes vai na alma, e quando o dizem negam qual criança malcomportada quando parte um vaso.

O português é óptimo para falar, falar e não dizer nada! Usa palavras que nem sabia que existiam se um qualquer político não a tivesse resolvido usar porque a viu num dicionário aberto aleatoriamente. E durante umas semanas anda toda a gente com aquilo na boca… é o contraditório… uma cabala (leiam Richard Zimler se quiserem saber que o é a cabala)… o défice…

Será a língua que define o que somos? Se usamos um idioma dado á covardia e á irresponsabilidade a culpa não é nossa pois não?

Tuesday, December 14, 2004

da Vinci's code - The Book (?)

nota: este texto é uma adapação escrita para uma amiga letã acerca do livro de dan brown. Aproveito este momento agora que o entusiasmo (exagerado) em redor do livro acalmou (andaram a dar valiums?) para escrever a minha opiniãp acerca do livro.


Well, I have read Da Vinci's code, which is a good detective and adventure story, however the author mislead the public about some historic facts (or lack of those).

First, I must state that I am atheist and do not believe in any form of organized religion/cult. Secound, and according to French justice, Le priorat du sion never existed! It was invented by a guy (Pierre Plantard in 1956) who wanted claim the throne of France (?). This man forged documents planted them in the French archives, the police got him and he was convicted.

Well, of course that the Catholic Church is not a saint :-) They have committed several crimes and mislead people for centuries. The selection of the 4 gospels is very dubious, an I wouldn’t be surprise that Christ had a wife and kids during his life (he could also be gay) - José Saramago wrote a novel (The Gospel According to Jesus Christ) were he describes a love relationship between Jesus and Mary Magdalene years before Dan brown - But I have many doubts that Marie Magdalene wrote a gospel. She was a women 2000 years ago (more or less, the monks made mistakes when they defined our calendar), did she had education enough to write?

Talking about women. The Catholic Church relegated women to a secondary place, but did woman in any civilization (western or eastern) had a significant role in society? (e.g. Magdalene itself was Jew and was put a side by her peers – in nowadays orthodox Jews in Jerusalem defend that women should be separated from men in public places) My point: no religion is innocent when it comes to equality among genders, at least in practice.

Fortunately, in our times the role of women’s is starting to become more appreciated, although there are a lot of primate males walking around us. The “religion of mother-goddess” sounds to me very Wicca style, and Wicca is (I believe) from the British islands. Therefore, a link between the end of this cult and inquisition is lacking. Furthermore, the author states that inquisition had the purpose to kill women who were devoted to this cult. My opinion is that the Church wanted to kill anybody (men or women) that questioned their power (Jews were a preferential target). And did this cult survived to centuries of Roman Empire subjugation? The Romans became Christians when the Empery was declining.

Sorry to bore you with my truthful opinion about the book, which is a wonderful entertainment, but the blend of some true facts with hoaxes, and hate to Catholic Church, can blind the reader, and he may accept everything written in the book as a dogma. Of course that my opinion comes from someone who did not studied history, and I would appreciate comments from someone that with more knowledge in these matters. But I give credit to the author, because he turns some scattered historical facts (only part of them at least) to come up with a well-written novel.
Aviso:

Como prova que sou Rei mas não sou um déspota, acatei uma sugestão em relação ao texto "Human Culture". Como resultado separei 2 gêmeos siameses, que a partir de agora são textos independentes.

gracias pela sugestão.
Agricultura de Emoções

Vou contar-vos uma estória de um agricultor. Na verdade ele era professor, mas quando foi ao concurso “A colocação certa”, falhou na última pergunta que o iria colocar em part-time numa aldeia transmontana.“Diga-me lá prof: qual a opção correcta, Portugal é banhado…a) Pelo oceano atlântico;b) Pelo oceano atlântico e pelo mar mediterrâneo;c) Só pelo mar mediterrâneo;d) Estive demasiado preocupado em estudar para os exames para aprender coisas supérfluas.”Pois è, o nosso herói julgava que o mar mediterrâneo também banhava o reino dos al-garves, o que faz sentido pois a água lá é mais quente do que na Póvoa, e não levou para casa o prémio final!! E ao invés de cultivar mentes dedicou-se ao cultivo de plantas. Tornou-se agricultor. Comprou uma casinha, que tinha incluído uma esposa submissa, um jipe, um telemóvel e finalmente um terreno de cultivo. E tudo correu bem, plantou e vendeu umas quantas coisas, quando o tempo estava bom, e quando não estava a culpa era do governo a quem pedia subsídio, que ganhava claro, que pedinchar é melhor que jogar no Euromilhões. Até que um dia começaram a crescer as primeiras ervas daninhas! O agricultor tinha-se esquecido (ou então não lhe apeteceu) de arrancar os rebentos de ervas daninhas que iam surgindo durante cada colheita. Claro que elas se multiplicam como coelhos (sem a parte gira da cópula) e passado algum tempo já impediam as colheitas (que não seriam colhidas) de se desenvolver. E ele medita sobre o assunto. E enquanto medita rebola com a sua agricultora, agora padeira com o forno quente.A situação agrava-se. Chão que dá trigo também dá erva (daninha)! Mas tudo na vida tem uma solução! Deixam-se secar as plantas, daninhas e não colhidas, e queima-se tudo! Onde ardem as ervas também arde o trigo! O melhor disto (logo a seguir á parte de dar pouco trabalho) é que a cinza é um bom alimento para as plantações seguintes. Assim, o dinheiro que se perde numa plantação que não é colheita pois não é colhida (com este jogo de palavras já pareço um filósofo daqueles que mais não fazem que brincar com as palavras, de preferência das difíceis, para que não haja paciência para os ler e compreender e no fim dizer o rei vai vestido de sabedoria da loja dos 300, perdão, 1.50 euro), é recuperado (como se ainda não foi ganho?) nas colheitas futuras!Tudo vai bem neste pequeno reino do ex-professor, perdão, licenciado em qualquer coisa e habilitado a dar aulas (alguns até ensinam!), mas vários ciclos de desleixo e de queimadas tornam a terra infértil (processo designado por lixiviação). A noção de todos os erros cometidos atingem a mente do nosso herói com um axecake… A monção deve ter virado na saída errada de algum cruzamento de correntes…. E rolaram as lágrimas.E foi no meio desta chuva que o nosso herói decidiu o terminar da sua aventura agrícola. Fez as malas, não se esquecendo da sua companheira, e partiu para cidade (donde tinha saído) á procura de uma vida melhor, com acesso ao crédito bancário facilitado, enfim um emprego estável. Ouviu dizer que iam abrir mais hipermercados com vagas para caixa.

Este texto pode parecer estranho, ou não,mas foi uma tentiva de usar o solo e a agricultura como metáfora para as realções amorosas falhadas entre humanos. Ainda preciso de colher mais humanos das arvóre paras escrever melhor sobre eles.

Monday, December 13, 2004

Human culture

Como todos sabem os humanos crescem em árvores. É por isso relativamente fácil chegar ao pé de uma destas, arrancar o que mais nós convêm, e dar-lhe o uso que mais nos apraze: liquefazer em sumo/batido, fazer saladas com várias variedades, dá-los a comer aos animais caso sejamos empresários de pecuária.




Eu tenho um grande problema, que resulta da minha estatura mediana: não consigo alcançar os que crescem nos topos das árvores (crescem mais fortes pois não há quem lhes faça sombra). Apenas estão ao meu alcance os que crescem nos ramos mais baixos, ou crescendo em ramos mais elevados, crescem em grande número, e com a ajuda gravidade forçam o ramo a baixar.

“E os que caem no chão? Despreza-los?”

Bem… Sim!!! Deixem-nos apodrecer que o seu tempo já passou.

“E não os usas como alimento dos animais?”

Raramente, que os meus porcos gostam é de pérolas. E prefiro dos que tem bicho, pois como se diz lá minha terra, “maçã que tem bicho é porque o remédio não lhe tocou”!

Por isso vou continuar a levar para casa a fruta que quero e que consigo apanhar. Pode ser que um dia tenha acesso a todos os humanos, nessa altura relatarei o uso que lhes dei e o prazer que isso me deu.


Thursday, November 25, 2004

Lex Natura

Quando era miúdo resolvi passar o tempo a observar os casais de pombos que esvoaçavam perto de minha casa. Pombos tão branquinhos… tão monótonos.

Como criança que era (e sou) detestava a monotonia. Peguei na minha pressão de ar para dar um pouco mais de cor ao cenário. Um tiro certeiro e… Acabei com a monotonia! O vermelho do sangue a escorrer pelas penas branquinhas fez-me lembrar os beirais da casa em plenas chuvadas de Inverno.

As crianças possuem requintes de malvadez (inocente?) dignos de um livro do Marquês, dum filme do consagrado Arquitecto, ou, no seu expoente máximo, de algumas passagens da Bíblia que alguns consideram sagrada. Poderia discorrer acerca de como os crentes se podem considerar crianças ainda à espera do auge intelectual, mas não o farei por respeito ás crianças que hão-de realmente crescer.
Estava a falar de malvadez. Eu, criança, quando dei cor ao pombo (XX ou XY, não interessa) fi-lo apenas a um dos consortes. O meu propósito? Bom, eu já na altura tinha umas pinceladas de etólogo, principalmente de Homo sapiens (reparem que o nome científico está formalmente correcto). Queria apenas saber como se comportaria a outra metade do casal. Ficaria estarrecido a observar o seu parceiro a morrer (qual condutor que para no meio da via para ver os destroços dos acidentes – chapa e ossos), mesmo sabendo que o seu final estaria próximo? Ou então, será que ficaria num estado de letargia, induzida pelo choque, tão intenso que nem lhe ocorreria fugir? Ou fugiria covardemente, perdão, pragmaticamente, antes que tivesse o mesmo fim da sua cara-metade? (as contas são fáceis, ½ é maior que 0/0, que não se pode calcular)

Bom, a natureza manda que o único objectivo (ou o objectivo final) seja a perpetuação da espécie, ou seja, se tivermos tempo e energia para executar uma única acção, essa acção deverá ser a cópula! E morreu um dos membros do casal, mas não o outro. E a natureza manda.

Friday, November 19, 2004

Masturbação Social

Vem, vem à minha casa
rebolar na cama e no jardim
acender a ignomínia
e a má língua do código pasquim
que nos condena numa alínea
a ter sexo querubim


Bairro do Oriente, Rui Veloso

Saturday, November 06, 2004

Lagartos

No meu descanso fúnebre no Norte de Àfrica, tenho tido a oportunidade de conversar muito com os lagartos que por lá habitam. Animais interessantes: parcos em palavras, mas soltos de lingua!

nota: os 2 ou 3 leitores deste blogue de um morto devem estar a pensar "então o Zogobozo... porra, o Rei, não escreve nada há secúlos, e depois 32 palavras e já está! frouxo!!"
mas meus caros, nestas parcas palavras está mais sabedoria contida do que o que obtiveram nos últimos dias da vossa patética e fútil existência. Se não perceberam as palavras, visitem-me e tragam o Lobo Antunes, para vos sepultar os cérebros. Preciso de companhia.

Wednesday, October 20, 2004

Os coelhinhos são animais lindos e bonitinhos.

Era uma vez um coelho engatatão, que vivia rodeado de coelhinhas. Ele gostava de todas elas, e também de si mesmo.



Existia também um coelho inteligente e sozinho. Quando descobriu que também era razoavelmente bonito, passou a estar com algumas coelhas.




O coelho engatatão descobriu que afinal era gay.



Repensou toda a forma de tratar as coelhinhas que quando gostavam dele, as abandonava, deixando-as em pranto abundante. E passou a viver rodeado de coelhinhos.

O coelhinho inteligente, pensou que estava na altura de fazer render o seu intelecto e, porque não dizê-lo, charme, e resolveu ser empresário: abriu uma casa de meninas, perdão, coelhinhas.



Como acaba esta estória? De forma similar para dois, para todos nós. Vejam por vocês mesmos:




Tuesday, October 19, 2004

Survival



"Conheci uma rapariga que estava a fazer estágio quando entrei no serviço. Passado 1 ano estava casada como orientador. E ter namorado na altura não foi impedimento? È uma bela forma de empreendorismo."

Achas que ela casou para progredir na carreira mais facilmente? Não acreditas em Amor?

"Concedo que ela até pode gostar do orientador. E sim acredito no Amor? Em certas circunstâncias? sim..."

Pois eu não acredito. E mesmo que acreditasse, tens de ver se o Amor que ela eventualmente teria pelo ex-namorado, ou tem pelo marido, não é maior do que aquele que ela tem por si mesma. Daí ter casado? sempre abre mais umas portas, e bem? uma pessoa tem de se alimentar. Não é a sobrevivência o mais importante?
Mentalities Reformed



Moscow 1993, during the "revolution". Photo by Eddie Opp

Friday, October 08, 2004

People just ain't no good

I really enjoy when your naked body lies next to me. Hold me? stronger! Humm? liking my inner ear? you now how to make me smile! My tongue moving around in the back of your neck? now circling around your lips? biting your nipples? this is old news for you, I now that. You have done it all for more than one time. But you like it! Always! When you lay back and proudly show me your tits, staring at me begging to be kissed? your hips against me? stronger and stronger? the circular movement of your waist?
What is your hand doing down there? You naughty girl. Always heading full-speed ahead towards your objective. No! Don?t stop. I like it? a lot!
Let?s move to next level. You want me inside of you, I now that. Can you feel him so close? touching you and yet so distant from the ultimate goal. It? almost sadistic, isn?t it?
I am tired of this foreplay. You can dress yourself and leave now. Surprised? You are so pretty and sexy but? you don?t deserve my semen! And before you leave, bring me a cup coffee, one of the few things that still gives pleasure.




As she left the room, still astonished with what haven?t done with her, she started singing, sadly?

"People just ain't no good
I think that's welll understood
You can see it everywhere you look
People just ain't no good

It ain't that in their hearts they're bad
They can comfort you, some even try
They nurse you when you're ill of health
They bury you when you go and die
It ain't that in their hearts they're bad
They'd stick by you if they could
But that's just bullshit
People just ain't no good"

Thursday, October 07, 2004

Reformation of Mentality

A Russian friend, with whom I’ve been discussing politics, puddles of mud (which can actually be the same) and how to be a true snob, sent me this picture to be inserted in my post “Algoritmo Humano/Tirania do Caos” (human algorithm/Tyranny of chaos) But this deserves to be a post by itself.




Spasiba Alyona

Justiça Salomónica


Se a tua mulher e o teu filho estivessem os dois a afogar-se e só tivesses tempo para salvar um, que farias?

“Eu salvaria o meu filho, é ele que contém os meus genes e irá assegurar a minha descendência.”

Eu não! Salvaria a minha mulher. Com ela posso fazer mais dois três e aumentar o meu poule genético. E tu Salomão?

“Eu?!... hãaa… pois…”

Com tanta indecisão acho que vais deixar morrer os dois.

Thursday, September 30, 2004

I met a little lady in the florest…

Continuo sem perceber porque é que na EN1 uma estrada de tolerância zero, os senhores guardas param das bermas das estradas para punir os condutores apressados, e não prendem as Putas.

“Porque a pressa e a velocidade matam! E as Putas não!!”

As Putas até podem não matar. Mas as doenças venéreas são tramadas.

“…”

Friday, September 24, 2004

Algoritmo Humano/Tirania do Caos

Notas do rei: Aconselho a leitura do texto “Gosto muito de seres humanos” antes de prosseguir.

O casal de seres humanos seres humanos foi de férias. Estavam cansados da rotina diária, acordar, beijo matinal, pequeno-almoço, filas de trânsito, apalpão no metro, emprego, café, trabalho, almoço, emprego, café, trabalho, amante, cigarro, casa. Sexo ao domingo de manhã, antes da visita de, ou aos pais/sogros. Chatices, mais um fim-de-semana que passou sem se fazer nada (e como é bom). A rotina mata. O tabaco e os ciúmes conjugais também, assim como atravessar a rua fora da passadeira, mas tudo isto é uma tentativa de rotura com a rotina, introduzir alguma surpresa na previsibilidade da ordem natural das coisas. Eles precisavam de Caos.

Para a ruptura total é necessário algo completamente diferente: férias no Algarve, o Reino dos Anglo-Saxões!



A liberdade, o delírio da liberdade de escolha! De escolher o que fazer com o tempo, de não fazer nada com o tempo. De simplesmente apanhar banhos de sol das 10 ás 12, depois do pequeno-almoço ás 9, lavar os dentes e fazer a trouxa com as sandes e os sumos, o calção xadrez, a revista cor-de-castanho (leitura de merd…), a manta xadrez (começo a notar um padrão), a Bola, o guarda-sol, almoço (?) nas horas de menos sol, banho após a digestão, esfregar as costas com fula nela e frigi nele, apanhar escaldões e culpar os nadadores-salvadores. Sexo á noite que está mais fresco, dores de cabeça quando o calor exterior é mais elevado que o do interior.

Quebraram a rotina. Foram de férias.

Quebrar a rotina é a desordem q que os humanos são alérgicos. É o Caos! O caos está para os Humanos como a ausência de algoritmos está para as máquinas. O algoritmo é o que falta para transformar ”klafhe fiowhjfejasriommm6978sdlmj” em “polvilhe 2 colheres de açúcar em pó e o bolo está pronto”. E o que terá de fazer um ser humano quando a desordem se instala? Quando o sistema de valores que sempre o rodeou, as relaçãos familiares, e mais importante a rotina casa-emprego, desaparece? Tem de pensar! Usar dados adquiridos (certos ou errados) para construir soluções para problemas novos. Criatividade, rapidez e exequibilidade de processos.

Então qual é o problema, se todos (?) os humanos se definem como animais que pensam? Pensar dá trabalho, consome energia, esta tão necessária a actividades como a produção de baba em frente ao televisor, gritar mais alto que o colega de trabalho, raspar a raspadinha (mas se ela já está raspada…) ou ainda a nobre arte da masturbação após uma louca noite de DiscoSound e levantamento de copos. Para quê criar algoritmos? “Eu até chumbei a matemática no liceu, a programação em Turbo Pascal na Universidade.”

Nota: associo as reacção, ou melhor, a paralisia (aqui se decreta a morte do par acção-reacção) associada ao Caos, àquela que está relacionada com os medos. Quando os humanos não possuem rotinas para situações novas/desconhecidas - Cãibras Mentais. Embora se estão a agir por impulso, ou porque já conhecem a solução, os humanos não estão a realidade a pensar… será que pensam?

Quando surge o Caos, a alteração a rotina, entram em pânico. Os mais dignos de pena são que passam a vida a dizer que gostam de “coisa novas e diferentes, para evitar monotonia e rotina”, quando na realidade esta alteração á rotina foi pensada e ponderada, e a introdução um desporto radical na agenda, não é o caos (bem pelo contrário). Este tipo de alterações implica um esforço mínimo, uma linha do programa que tem de ser alterada e não a substituição de sistemas. E a substituição de sistemas é a solução natural para o caos.

Paremos para respirar.

“Em os humanos não sabem lidar com o caos? É isso que quer dizer Rei? Mas se assim fosse já se teriam extinguindo! E não é esse o caso.”

Fazia-me uma grande diferença que TODOS os humanos deixassem de existir. Mas sobre a visão antropocêntrica da necessidade de seres humanos para existência da própria natureza falaremos um dia destes. Ou não!

Respondendo à pergunta:
Alguns seres humanos tem a capacidade de reagir e pensar em situações destas. Criam rapidamente rotinas para ordenar o Caos, que deixa de ser uma desordem a partir desse momento (pelo menos para os que raciocinam). Nesta situação, os outros humanos, o rebanho, segue aquele que de repente acende a luz no quarto escuro, o que lhes dá de mão beijada a fórmula da sobrevivência. E como já disse os seres humanos não questionam as rotinas, desde que não tenham que pensar muito, que a energia está cara. È mais fácil permanecer no quarto iluminado, mesmo que se tenha que aguentar com o cheiro do sovaco do gordo e o fumo do viciado em nicotina, que ir para um quarto arejado, mas escuro, e que chatice… ter de procurar o interruptor.

Se fórmula mágica é realmente boa ou não (fazer juízos de valor dá dores de cabeça), isso não interessa, é uma saída. E quem são estes mágicos mentais, que governam a partir do Caos? Os Tiranos. Em tempo de caos quem pensa (boas ou más soluções) é Rei. E o rebanho segue, até que um dia e já na segurança das suas rotinas e algoritomos casa-emprego-casa-férias surgem outros humanos, os Democratas, que cheios de ideias “originais” se propõem dirigir o rebanho e dar-lhes voz, agora que o Tirano já não é mais necessário. E o rebanho mantém a sua rotina, nem que tenha que alterar umas linhas de código, e fica todo contente por finalmente ter voz! Méeee…. Méeee… Quanto a pensar…



Quebraram a rotina. Foram de férias. Quiseram introduzir o caos na sua vida e nem uma linha do algoritmo alteraram. Os seres humanos são alérgicos á desordem. Ou será ao raciocínio?

Monday, September 20, 2004

Middle-Class Portrait

“Já viste o meu telemóvel novo? Tem vídeochamada, acesso 3G, câmara Fotográfica e de Vídeo Incorporada, Media Player, MMS e MMS Vídeo, ecrã interno TFT (com 65.000 cores!!), UMTS/GPRS/GSM, Bluetooth, infravermelhos, E-mail, sincronização com Outlook, alta voz, agenda e calendário, Rádio FM Stereo e ainda Jogos Java! São 600 euros de puro topo de gama!”

Que porreiro. Até é giro. E também dá para fazer chamadas e enviar SMS?

“…”

Thursday, September 16, 2004

A propósito do meu texto...
..."A minha opinião", encontrei aqui a opinião de alguém que no referendo votou não (eu votei sim) mas que, e ao contrário do alguns esperariam, tem uma opinião, nalguns pontos semelhantes á minha.

Wednesday, September 15, 2004

Eu sou uma besta!


beast
You are Beast!

You are brilliant and extremely clever. You can
handle almost any problem swiftly and
efficiently. You are devoted to philosophy and
are always up for a good discussion.
Sometimes, though, your anger gets the best of
you and you upset those whom you care about.


Which X-Men character are you most like?
brought to you by Quizilla

Monday, September 13, 2004

Venda de Cavalo



É tudo uma cambada de drogados! TUDO!! E esses garotos da catequese são os piores! toda a gente sabe que as lombadas da bíblia são boas para fazer os filtros. E aquilo de se unirem em círculo, é para quê? Para passar o charro! Drogados!

"Ai que estou tão deprimido. Que a minha vida está por fio... que triste que estou. O dr. não me receita nada antes que perca a cabeça?"
Drogados.
"Não, não. O prozac é medicamento para as dores de barriga... toma lá filho que isto cura tudo."
E os piores são os médicos. Como é que aguentam as velhas a conversar na sala de espera? LSD. Só pode pela qualidade do tratamento que nos reservam! E os da Ordem são os piores.

São todos drogados. E as crianças são as piores. Anda tudo a meter anfetaminas! Aquilo de terem energia quase ilimitada é do quê? Das pilhas Duracell??!

E já viram o riso extasiado dos líderes partidários a falar à nação? E olhitos a brilharem? Foi uma chinesa fumada antes da sessão da assembleia. E aqueles jantares partidários? O prato principal é sempre bifinhos com natas e cogumelos mágicos.

E o Harry Potter sempre a voar? Ecstasy! Drogado!

Não se droguem que estragam a vossa vida. Bebam vodka.

Friday, September 03, 2004

Crescem como Cogumelos

Não há cogumelos bonitos. Nem mesmo os mágicos. Estes só são agradáveis depois de consumidos (há até quem diga que depois de consumidos TUDO se torna agradável!).
Os cogumelos são saprófitas ou parasitas (Nota: saprófita: ser vivo que se alimenta absorvendo substâncias orgânicas normalmente provenientes de matéria em decomposição). Ou seja crescem sobretudo em locais onde a deposição de matéria morta é maior.



Os cogumelos não são vegetais porque não produzem. Também não são animais porque não se movimentam (que grande dor de cabeça para os biólogos preocupados com a classificação dos seres). São fungos. São seres multicelulares. Mas o mais interessante é que possuem muitas vezes mais do que um núcleo por célula. Eu sempre olhei para os núcleos das células como se fossem pequenos cérebros. Não consigo deixar de sorrir ao imaginar algumas pessoas com mais de um cérebro. Com tanta indecisão andariam ás cabeçadas ás paredes.

Eu gosto da expressão “crescem como cogumelos”. Eu lembrei-me de escrever isto ao passar por uns prédios em construção num local onde antes não havia mais que uma casas decrépitas. Imagino os apartamentos com várias pessoas amontoadas e as querelas familiares que não irão acontecer por lá.



Mas fico contente pelo crescimento desmesurado das cidades e por ver que cada vez mais cogumelos crescem por cima dos anteriores. Sobra mais espaço para mim no campo.

Wednesday, September 01, 2004

A minha opinião

1. sou a favor da despenalização do aborto. Quem o quiser fazer que o faça.

2. acho que isto do wow é uma moda e que daqui a uns tempos vai passar (lembram-se do deus nos acuda de Timor?)

3. muitos dos liberais " de esquerda" e dos conservadores de direita pensam mais nos minutos de tempo de antena do que no assunto em si (e dúvido que alguma deles se tenha posto na pele de uma casal que dedice abortar - sim! de um casal!! porque são precisos 2 para dançar o tango e nem todos os homens são umas bestas)

4. a decisão do governo português peca por ter sido nitidamente de ordem politica (embora os argumentos júridicos me pareçam fortes)

5. os "debates" sobre esta matéria são das coisas mais baixas que tenho visto, com argumentos irracionais (para os lados da questão) e pouca informação. Fazem-me lembrar uma luta de galos da ìndia - só apetece parar com a luta e fazer um guizado.

6. o debate na "sociedade cívil" sempre esteve em aberto. Não sei se os políticos fazem parte parte desta sociedade, ou se tem preferência pela maçonaria e opus dei, mas é frequente ouvir-se conversas de café (esponâneas) sobre este assunto. não gosto que falem por mim quando dizem na comunicação social que é tempo da "sociedade cívil" voltar a debater este assunto. que alguns se aproveitem do momento mediático para retomar o assunto tudo bem, mas que me insultem não gosto.

7. Existe uma lei acerca do assunto. Foi aprovada em referendo, ou seja por voto directo dos eleitores. Não aceito opiniões de quem não participou no acto eleitoral.
Interrupção desejada da gravidez

"ò amor..."
Fala.
"Ajuda-me a engravidar"
Então porquê? Sabes bem que não gosto de putos.
"É que o barco das WOW pasa cá perto daqui a uns meses e eu depois posso ir abortar lá."

Friday, August 20, 2004

A formiga e o Elefante

Sinto-me esmagado pelo peso do destino que eu próprio escolhi. O que me poderá deixar mais triste? Combater nesta quimera? Ou saber que estou numa quimera por vontade própria?

E agora que devo fazer? Parar como a avestruz, enfiar a cabeça na areia e ficar á espera de ser comido pelos lobos? Assim terei cumprido com a minha função na cadeia alimentar. Ou pelo contrário escolher o destino anedótico da formiga que sobe a uma árvore, e dela salta para cima dum elefante tentando esmagá-lo com o seu peso? Pobre formiga… saltando ingloriamente no dorso do imponente opositor (?), enquanto que láem baixo um coro constituído pelo resto da colónia a incita:
“Salta, salta”
“Esmaga, esmaga”


E lá continua a formiguita a saltar. Não poderá o elefante pura e simplesmente sacudi-la do seu dorso? Ou esmagá-la acabando com o seu sofrimento? Poderia… se a sentisse no seu dorso. A insignificância da formiga não permite sequer que esta morra rapidamente. Vai acabar por morrer á fome, ou descer do elefante enquanto este vai para o cemitério. Mas nessa altura já estará demasiado longe da colónia para ser parte da comunidade.

Nota: As outras formigas, passada emoção da tentativa de elefantícidio, continuam a sua vidinha de lá para cá a alimentar a Rainha, que continua a gerar mais formigas para a alimentar. Enfim... mais formiga menos formiga... o que conta é a manutanção da colónia.

Assim me sinto. Uma formiga que em cima do dorso do elefante nem esmaga nem morre. Ou um bebé de colo cuja madrasta insiste em ter junto ao peito pronto a amamentar, mas sempre coberto por um wonderbra.



Acho que vou conservar o meu cérebro até ser altura certa de o usar (?)… Barmen! Barmen! Sirva-me uma moskovskaya!
Porra! Eu sou o meu próprio barmen. Melhor! Assim tenho á minha disposição todo o alcoól que necessito para o meu fim (literalmente).

Mas não vou desistir. Pelo menos até ao momento que a dona Ciência e os seus proxenetas não me expulsarem do prostíbulo.


Wednesday, August 18, 2004

Tuesday, August 17, 2004

“Citius, Altius, Fortius"

Sabia que o heroi dos jogos olimpicos de Berlim foi um atetla chamado Jesse Owens?

Sabia que nesse jogos Hitler planeava propangandear a superioridade da raça ariana?

Sabia que Jesse Owens era Negro?

Sabia que este Homem apesar de se ter tornado um simbolo da liberdade propagandeada pelos USA, sofria na pele as consequencias da segregação racial que ainda existia (perdurou por mais anos) em vários estados dos USA?

A liberdade é tão bonita. E a distorção da História também.

"Despite his success, the financial instability of the Owens family continued. Shamefully, at that time in America he was not offered any endorsement deals because he was black. In an effort to provide for his family, Jesse left school before his senior year to run professionally. For a while he was a runner-for-hire, racing against anything from people, to horses, to motorcycles. The Negro Baseball league often hired him to race against thoroughbred horses in an exhibition before every game. Jesse even raced against the some of the Major Leagues fastest ballplayers, always giving them a 10-yard head start before beating them. "

Friday, July 30, 2004

Material world

Algumas raparigas gostam de me acariciar,
Algumas até me dão o seu corpo,
Por mim tudo bem,
Mas se não leram zaratrusta, adeuszinho

Podem mendigar o meu carinho,
Mas só levam o corpo (que não é nada mau)
Mãos de veludo são boas,
Mas uma boca que canta “Sour times”,
Leva-me ao delírio!!!

Porque eu vivemos num mundo material
E eu sou um intelectual.
Vivemos num mundo de sexo,
E sou um intelectual(óide)

Por isso se queres uns momentos bem passados,
Lê a coleção do JN e do público,
Depois pensa nela.
Queima o “Artista de circo”,
E deita-te ao meu lado..

Algumas raparigas pagam-me bebidas,
E outras querem fazer-me massagens,
Mas dou negas a todas,
Estou mais interessado seu “sumo”

Porque eu vivemos num mundo material
E eu sou um intelectual.
Vivemos num mundo de sexo,
E sou um intelectual(óide) triste.



Living in a material world
And I am a material girl
You know that we are living in a material world
And I am a material girl

Sunday, July 18, 2004

 Fogo fáctuo
 
 
É a bonança quando está longe e a tempestade quando está perto. Bom, quem anda à chuva molha-se. Até apanhar um resfriado, ficar de cama, aprender a lição e mudar-se para o deserto.
 
 

Friday, July 16, 2004

Vacas com asas/Marquês
 
Olhei para o céu incomodado pelo que me estava a acontecer. Belas borboletas flutuavam por cima de mim enquanto defecavam sobre o meu corpo inerte. Estava com o corpo tão entranhado na erva fresca da manhã que não me conseguia mexer. A minha inércia estva pórem mais relacionada com torpor e ausência de vontade própria do que com qualquer sençacão de prazer. Até porque o cheiro que começava a incomodar-me... estva tudo tão bem enquanto umas vacas ruminavam á minha volta, até que aparecem estas borboletas armadas de kalashnikov e as vaquinhas para fazer hamburguers. E quem paga por isso? Eu, que estou a ser bombardiado por enormes poias, mais dignas do Dumbo do que destas descendentes de larvas...
 
Acordei!
 
Que sonho! Nem o vou tentar explicar. Já disse o que penso sobre sonhos. Aquilo que me rodeiava quando acordei era muito mais interessante. Estava deitado no que parecia ser uma sala de jantar, com a desordem natural após uma grande festa. E que festa, a minha dor de cabeça (a secura da garganta) eram reveladoras de parte do se havia passado. Já com o ohlos a focar melhor distingui alguns corpos caídos. Ao reconhece-los veio-me à memoria a noite passada. Com todos os pormenores.
 
A noite começou com um repasto dingo de mim: um Rei. A gula assim o exige. Uma barriga saciada com comida e um cerébro etilizado são o sempre um bom desibinidor (mas... quem precisa disso entre amigos? Todos nós!). com em todas as festa há um corte, e quando a avareza se sobrepõe ao convívio amigável... mais vale nem aparecer. Com a decorre da noite a festa amena tornou-se uma violenta orgia.
 
Subjuguei a ira e a injeja e ordenai-lhes que executassem um belo fellatio ao orgulho. Pensei em sodomizar de supresa a minha amiga preguiça, que dormia sossegada num sofá. E sodomizei. Foi tão engraçado vê-la acordar com as dores! E, como esperado, nem sequer mexeu um dedo para me afastar de si. Mas eu fi-lo de vontade própria, a necrofilia não faz parte dos meus gostos.
 
Que cheiro agradável é este? A minha única amada: Lúxuria. Excitado pela semi-sodomia anterior, ajoeilhei-me a seus pés, e embora nesta posição submissa, dignei-me a executar-lhe um cunnilingus com a suavidade da seda. Animada por esta minha iniciativa, a lúxuria passou o resto da noite comigo. E unidos tivemos orgasmos que seriam dignos de deuses se estes existissem. Com ela deitada do meu lado tenho vontade de expulsar os restantes convidados e ficar a sós com a minha escolhida.

Sunday, July 04, 2004

Morte lenta.

Porque é que os homens tem uma esperança de vida, em média, menor que a das mulheres?

A explicação é simples e com origem fisiológica. Quando mulher e homem se unem pelo sagrado matrimónio, faz parte do contracto que durmam juntos. O que acontece então? As mulheres quando adormecem viram os glúteos (que doravante designarei como rabo) para o seu esposo, encaixando-os na barriga deste. As mulheres tem o rabo frio, e este quando encostado á zona abdominal masculina causa desconforto, pois vai originar o arrefecimento súbito de toda a zona abdominal masculina, provocando resfriados contínuos.

Todo este stress, anos a fio, causa a morte lenta do homem, até que finalmente o esperado acontece. Ela mete-o numa caixa de madeira e enfia a caixa dentro de terra.

Porque é que as mulheres o fazem? Não há certezas, mas há quem diga que é porque gostam de usar roupas pretas.

Friday, July 02, 2004

Música para casamentos & batizados

A cantora/actriz Kilye Minogue começou a desenvolver a actividade de cantora de em casamentos e batizados. Recentemente foi actuar no casamento da filha de um milionário indiano.



Já estou a estou a imaginar no centro de palco com um vestido de lantejoulas, ladeada por um organista, e quiçá, por um guitarrista! Imagino que entre os temas tocados, estejam, entre outros: Panela de pressão, Imagine, Apita o comboio, Love boat, Love is in the air... e no auge da festa, diz a kilye...

“Está tudo divertido?”

ei! shim!!!

“Esta é para os adeptos do F.C. de Bombaim!” (e comça a batida pop-chula pré-formatada do orgão: pum..pum pumpum... E metade da sala em delírio)

“E para ninguém ficar invejoso... esta é para o Unidos de Nova Deli!!!” (a sala ao rubro com urros vivas e apupos)

“E agora só para as castas superiores!!!”

“Isto está a ficar animado – agora as castas inferiores” (a criadagem vai-se mexendo como pode enquanto retiram os pratos sujos)

“E para acabar... e para caxemira, não vai nada?”

(a sala em uníssono) e esta merda é toda nossa olé, olé.

Como podem imaginar, um verdadeiro sucesso. Espero vê-la em Portugal no batizado do 14º filho do nosso casal real, acompanhada pelo José Cid no orgão.

A kilye Minogue Casamentos e Batizados Productions, aceita contactos para animação de casamentos, batizados, festas sociais e tudo o mais. Preço/meia-hora: 500.000 euros.

Thursday, July 01, 2004

Sour times, by Porstishead and modified by the unlucky



To pretend no one can find,
The fallacies of morning rose,
Forbidden fruit, hidden eyes,
Courtesies that I despise in me
Take a ride, take a shot now.


Covered by the blind belief,
That fantasies of sinful screens,
Bear the facts, assume the dye,
End the vows no need to lie, enjoy,
Take a ride, take a shot now.


Who oo am I, what and why?
‘Cause all I have left is my memories of yesterday,
Ohh these sour times.

After time the bitter taste,
Of innocence decent or race,
Scattered seed, buried lives,
Mysteries of our disguise revolve,
Circumstance will decide.

e você?

Trocaria uma noite sexo por um jogo de futebol? Ou faria sexo depois do jogo de futebol?

Wednesday, June 30, 2004

Romântico incurável

Fica comigo! Hoje estou cansado, mas imagina: amanhã ao acordar, só eu e tu, e nada entre os nossos corpos excepto um preservativo. Aceitas?

Tuesday, June 29, 2004

R.E.M.

Insónias? Nós temos a solução, ou mlhor, temos várias soluções para o seu problema. Como as causas poderão não ser identificadas, combatemos com segurança os sintomas. Basta seleccionar a solução que melhor se adequa ao seu caso, e enviamos para sua casa num abrir e fechar de olhos (embora os olhos não possuam essa capacidade).
Selecione a opção que prefere:

a) barbitúricos, opióides, canabinóides e outros que tais. Não o fazem dormir, mas fal-o-ão esquecer que tem sono. Tam a vantagem adicional de o fazer sonhar mesmo sem dormir. A 2ª encomenda tem um acréscimo de 20% sobre o valor de compra da 1ª.

b) Uma mulher ou homem, conforme a suas preferências. Pode não dar sonolência, mas pelo menos tem companhia para as noites mais longas.

c) O clube da insónia. Apenas pra doentes em fase terminal. Este clube tem como objectivo juntar um número suficiente de pessoas com insónias, e tal como os lemingues, migrar e acabar de vez com o problema. A solução lemingue é a cura para todos os males.
Eu tenho uma panela de pressão.

É com ela que confecciono os alimentos mais saborosos. É nela que cozinho os mais difíceis, aqueles que, de outra forma demorariam horas até estar prontos.

Na minha panela de pressão ponho tudo até esta encher. E quando enche, abro um bocadinho o orifício que está na tampa. Quando a pressão se eleva demasiado, abro o buraquinho por completo removendo aquela peça que parece um parafuso.

A minha panela de pressão não rebenta. Possui uns “encaixes” na tampa que se prendem ás pegas da panela. Desta forma nunca lhe salta a tampa por maior que seja a pressão. Eu gosto muito da minha panela de pressão, mas estou a ficar com medo, pois torna-se cada vez mais difícil libertar o vapor de água, que gera a pressão, e cozinhar os alimentos de forma correcta. E se ela rebenta? Acho pouco provável, mas se isso acontecer não posso comprar uma nova. Esta foi-me oferecida com a condição de não usar nunca outra panela de pressão. Terei de morrer á fome, ou basear a minha alimentação em alimentos crús como faziam os homens nos primeiros tempos, quando ainda não eram homens.

Um Rei não morre à fome, nem se alimenta mal! Vou usar a minha panela de pressão como arma e obrigar os meus súbditos a usarem a suas panelas de pressão para me preparem as refeições. Posso em alternativa bater com a panela na minha cabeça e acabar já com isto.



Este texto foi escrito por mim, quando andava na quarta classe e tive o 1º esgotamento nervoso. Os meus pais pressionaram-me para ser o melhor aluno da turma.

Tuesday, June 22, 2004

Depressão pós-parto

A montanha pariu um rato. Agora está deprimida porque não sabe que fazer com ele. Bem pior seria se uma rata parisse uma montanha de ossos!

"A vida está pela hora morte!", diz a montanha. "E o pai da criança que não apareçe... diz que sou uma montanha de problemas... uma verdadeira pedra no seu sapato."

Mas quem é que quer fecundar uma montanha? E ainda por cima o rebento é um rato?! Cheira-me a infidelidade! Não admira que a montanha esteja deprimida.

Monday, June 21, 2004

Portugal 1 - 0 Leão & Castela

Venceram o Anti-Cristo no campo de batalha. Agora só falta serem coerentes e subjuga-los à nossa economia.

Friday, June 18, 2004

Sexo na cidade

Apetece-te fazê-lo?

"Fazer o quê, querido?"

Fazer amor! Sexo selvagem... louco... como dois animais com o cio. Tirar as roupas no meio da selva e copular contra uma arvore como no princípio da humanidade!

"Mas eu não vejo arvores nenhumas aqui!"

Desculpas! Umas vezes são as encefalites, outras é porque não vês as arvores!

Este momento foi patrocinado pelas Lojas "dioptrias todos os dias". Agora, na compra dum par de óculos para a sua namorada, oferecemos o Ibuprofeno

Thursday, June 17, 2004

The Privilege Of Making The Wrong Choice, or, how to choose not to choose.

Para quê tanta festa? Tnata alegria! Só vencemos um jogo!
"Temos de aproveitar a alegria desta vitória. Poderemos perder o 3º jogo, e aí nunca teremos festejado nada!"
Mas nós já jogamos 3 jogos. E perdemos os 2 primeiros.
"Não percebo. Não foram só 2?!?!"
Passou-te ao lado o encontro mais importante do Europeu. E logo o único onde podias jogar.
"????!!!!"
O primeiro jogo do Europeu perdemos. Afinal, alguém tinha de vencer. Ganhou a abstenção.

Monday, June 14, 2004

Mais uma moedinha mais uma voltinha!

Vinde senhores e admirai as maravilhas deste parque. Vede como os nativos são simpáticos. O olhar dócil e subverviente que vos oferecem. Vede com se comportam como hienas em grupo e ovelhas quando estão sós. Vede que até as hienas são obedientes ao vosso olhar.

Mais uma moedinha mais uma voltinha!
Observai senhores como vos admiram. Como admiram tudo o que lhes é superior, como se limitam a falar mal da puta da vida e não se atrevem a fornica-la. Como mudam de opinião ao sabor do vento, como criam opiniões a partir do nada.
Observai senhores os seus hábitos característicos. A forma displicente como atiram o lixo para chão, como quem faz um favor ao planeta terra, “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, um dia este preservativo será uma planta”. Vede com educam as crias a serem cópias exactas dos seus piores defeitos, quem sai aos seus não degenera, não lhe será superior.

Mais uma moedinha mais uma voltinha!
Lá estão eles a passar o tempo inebriados com a beleza naif deste sol que é nosso, e ninguém no-lo tira, da relva e das típicas palmeiras lusitanas à beira da estrada. E como outros, os shinny happy people, lançam olhares reprovadores ante a falta generalizada de gosto, que eles julgam ter deixado para trás – o próximo passo da evolução. Olham-nos de soslaio com os olhos escondidos nos óculos da moda e nos penteados in. E riem que nem perdidos dos pobres diabos, engasgados com amendoins que imaginam caviar, com cervejas que são champagne. Desviam os olhares quando reconhecem os seus progenitores na manada de pobres diabos. Podem renegar tudo, menos os genes.

Mais uma moedinha mais uma voltinha!
Aproveitai este momento em somos vossos súbditos e estamos aqui para os servir. Peçam servos-á dado. Gritai e elevarão a cabeça apenas para vos ouvir melhor. E trarão os melhores cajados para lhes baterem nas costas. Temos praia, sol, ar livre poluído, florestas que ardem como tochas para vos iluminar melhor a noite. E temos pessoas. Que fazem girar este carrossel, este parque de diversões, para vosso deleite. Entrem que é barato, somos pobres e temos honra para inglês ver. Abram as carteiras... mais uma moedinha mais uma voltinha.



Welcomme to Portugal
Welcomme vers le Portugal
Willkommen nach Portugal
Υποδοχή στην Πορτογαλία
Benvenuto nel Portogallo
Onthaal aan Portugal
Добро пожаловать к Португалии
Boa noite. Posso pagar-lhe uma bebida?

“Talvez.”

Talvez!? Não percebo.

“Tenho de listar os seus possiveis e prováveis atributos antes de tomar uma decisão. Não é alto e espadaúdo; tem olhos e cabelo castanhos do mais banal que há; não parece ser rico; deixe-me ver mais uma coisa...”
(nisto a rapariga começa a vasculhar entre as minhas virilhas, ao que eu respondo com uma, mais sonora que dorida, estalada)
“Você bateu-me!?!? Numa mulher?!?”

E a menina teve da minha parte algum sinal de aprovação para me apalpar de forma indecorosa? Que faria na situação inversa? Ou pensa que não me passou pela cabeça certificar-me se esses seios são todos seus ou em parceria com a Triumph? Não seria eu logo apelidado de troglodita e grunho, com um processo por assédio sexual, ou tentativa de violação? Eu exijo ser tratado com o mesmo respeito com a tratei!

“Piorou! È inteligente. E não é a reencarnação do John Holmes. Isto não abona nada a seu favor. O engate está mais longe de ser concretizado... pelo menos por si! E as mulheres são para ser protegidas, e se eu o quiser apalpar não tem mais senão aceitar o seu destino, e qual animal com cio, babar-se e obedecer a todos os meus pedidos. Não renegue a sua natureza!"

A minha ou aquela que me quer impigir? Ainda deve acreditar no coelhinho da páscoa.

“Por acaso até já fui uma.”

Como?

“Trabalhei na Playboy durante a Páscoa. Nesta altura do ano os cristão, embuídos no espirito da paixão de cristos enlouquecem. Paticam até à exaustam auto-flagelação, com o chicote em riste. Deplorável.”

Lamento de tenha servido de inspiração para a masturbação de outros homens.

"Deixe-se de paternalismo. Foi uma opção minha. Fique com a bebida para si que eu estou à espera do meu principe encantado. Não quero Reis inteligentes."

Thursday, June 10, 2004

Doces ou Sopa?

"Óh pai... tenho fome!"
Outra vez. Vamos ter de sair para comprar! O que é que te apetece?
"Eu quero novo CD da Britney Spears!"
Só queres comer porcaria. Ainda ontem foram os Evanescence. Não preferes Pixies? Sabe mal ao princípio, mas depois cresces forte.
"Não!!! Eu quero Britney... ou então Robbie Williams."
Piorou! Se continuas assim definas e ainda acabas como os Humanos!! Vamos fazer um acordo. Se comeres o “Assim falava Zaratrusta” ou o “1983” do George Orwell, compro para sobremesa o albúm da Shakira. Que achas?

Eu cuido da alimentação do meu filho. E você?

Monday, June 07, 2004

Aptidões

Acreditas em Deus?
"Sim. Mas porque perguntas?"
penso que quando ele cria humanos e os quer equipar, por vezes faltam-lhe peças no stock. O cérebro será o exemplo mais preocupante. Será falta de fundos divinos?
"Discordo. Deus dá os cerebros, quando nós ainda estamos no céu a estagiar antes de vir para terra. E alguns de nós estão, no momento da atribuição dessa peça, no jardim no quintal, na biblioteca. Enfim."
Isso quer dizer que o local onde estás influenciará a tua personalidade e as tuas aptidões?
"correcto"
Percebo. Quem recebeu o seu cérebro na biblioteca, poderá vir a ser um intelectual. Parece-me é que demasiados humanos receberam o seu quando sentados na sanita, daí as idéias e atitudes de m...

Wednesday, June 02, 2004

Mais um dia quente na cidade.

Quando hoje saí da minha cova, para um passeio matinal, notei que o ar estava irrespirável. Mas eu respirava. Eu e algumas criaturas com que me fui cruzando.

Vi sapos suados, arfando com o calor insopurtável que se sentia. Suando que nem porcos (já alguém viu um porco a suar?), lambendo- o suor de modo a espalha-lo pelo corpo. È sabido que os batráquios prescisam de manter a pele húmida para efecturem trocas gasosas com sucesso.

E que felizes andam os répteis por estes dias. Não há nada como o calor asfixiante para trazer à rua estes animais de sangue frio. Bom, frio, enquanto não chega o calor. Depois, é vê-los de papo para o ar a apanhar sol. A aquecer o sangue já fervente.

E tive a opurtunidade de assistir a um dialogo entre 2 pavões machos que não possuiam as plumas espalhafatosas que os caracterizam. Estes passeavam as suas cadelinhas de estimação, bem presas por trelas.
“Já viu bem a minha cadela? Agrada-lhe?”
“Sim. Sem dúvida. Bem melhor que aquela que tinha na semana passada. Parecia-me demasiado independente. Arraçada de gato talvez.”
“Sim, sim. Por isso é que livrei dela. Veja lá que quando lhe pedia para me trazer o jornal, ela tinha o descaramento de trazer também os chinelos.”
“A cadela! Mesmo que você precisasse deles... onde já se viu! Pensar! As cadelas não pensam obedecem!”
“Mas a sua é muito gira. E parece grávida.”
“Emprenhou com um cão rafeiro. Mas vou matar-lhe as crias assim que nascerem”
“Porque não poupa trabalho e a mata já?”
“É verdade que engravidou, mas não vou arranjar uma tão bonita e obediente tão cedo. E os meus pais gostam muito dela. Não lhes posso dar essa desilusão.”

Tantas mamas encontrei pelo caminho. Grandes, pequenas, moles, pontiagudas (pareciam apontar para a lua). Bem apertadas e também livres, como a natureza as fez. Penduradas de arvóres lá estavam elas. Algumas, mais saborosas decerto, estavam a ser comidas por uns pardalitos que assim matavam a sua sede.

Esta é apenas uma amostra dos pretensos seres humanos que encontrei neste dia de sol, quando o ar está irrespirável, mas eles respiram e sobrevivem.

Monday, May 31, 2004

Dá-me...

Dá-me morfina… por favor!

Dói-me a cabeça, as pernas, os braços… Alguém depositou fruta em decomposição no meu cérebro. E agora… a única coisa que sai da minha boca, de todos os orifícios do meu rosto, são insectos, vectores de doenças mentalmente transmissíveis.

Não me dás a injecção? Espera só um pouco…

Sr.ª Rameira, quando custa um acto sexual na sua vagina? E se eu só quiser que me acaricie o meu corpo dorido? O mesmo valor? Parece-me justo. Vende a sua pele para satisfazer a minha necessidade de caridade física. Isso… acaricie-me e tire-me as dores. O sexo não passa de uma maneira fácil de obter carinho.
Os ursos.

Os ursos são animais. Os ursos são brinquedos. Podem ser de peluche, grandes ou pequenos. Os animais e os brinquedos.
Os animais fazem pela vida e há quem diga que são perigosos e irrscíveis.
Os brinquedos são fofinhos, queridos e inanimados, sem vontade própria.

As mulheres e as crianças gostam dos de peluche, bem cheinhos e fofinhos. Os que fazem pela vida assustam. Excepto quando hibernam. Que bonitos que ficam assim quietinhos. Parecem de peluche.

Os ursos podem ser queridos ou perigosos, mas não podem evitar fazer figuras de urso.

Tuesday, May 25, 2004

Voyeur

claro que tinha de escrever acerca do casamento! Parece-me cada vez mais que não passamos de voyeurs que aguardamos em estâse o momento do beijo (como eu gosto de bater com os talheres no prato durante o casamento), e acho que deviamos também assistir ao primeiro acto sexual dos noivos (após o casamento). E porque não? não fomos convidados para assistir a momento único (?) de celebração e alegria?

Não! eu não fui convidado! E não assisti. Nem as desgraça dos outros, nem a felicidade de desconhecidos me trazem felicidade! E mais uma vez confirmou-se que os tugas, na generalidade, gostam é de ir às festas para as quais não foram convidados, por falta de motivos para o ser. Mas eles querem é assistir.

No fundo é a repetição do Big Brother (programa televisivo, não confundir com o conceito do livro de Orson Wells - já leram o livro? sabiam que havia um livro?) num único dia, com apenas 2 concorrentes, mas muitos vencedores... jornais, televisões, revistas do social... toda gente menos o comum e patético tuga que assistiu à cerimónia por "ser tão bonito" "que felizes que eles estão" "isto é que é uma gaja boa!" (perdão, este último comentário não foi dito por ninguém - apenas pensado).

No fundo a culpa é merda do governo que não põe ordem na programação das televisões que não fazem o tão falado serviço público. Mas é público que fazem um serviço aos acionistas das empresas que as controlam. Já estou a imaginar os ditos de esquerda (ainda existem idiais de esquerda/direita?) "regulamentar os média?" "fachista" "isso cheira a censura!"

Alguém tem de ter a culpa, e não é da nossa falta de vontade de melhorar individualmente (e não estou a falar de comprar mais um carro com o dinheiro do Banco) e logo, enquanto povo de uma nação...

E a culpa não é minha! a culpa é do governo!

Wednesday, May 12, 2004

Cookie or Monster?

Why are you so sad?

Twinkle, twinkle, little Star
How I wonder where you are.


Don’t be so sad! The cookie monster is coming, and he is about to eat you!
Where you expecting that the tooth fairy would save you? Well, she only likes you because an Elf is your friend. Fairies want to do it with Elfs. Only perfect creatures are allowed to penetrate their luxurious thoughts.

Don’t be so sad! I am the cookie monster that you have been waiting for!

Monday, May 10, 2004

The wizard and the Pelegrims (este texto foi escrito num teclado estoniano, que como sabem nao possui os mesmo acentos que os nossos)

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


La vao eles pela Estrada de tijolos amarelos. Pela Estrada de alcatrao negro. Vao a procura do feiticeiro de Oz, enquanto a sombra da bruxa ma do Norte os persegue pelo caminho.

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


La vao eles curar as borbulhas da sua vida. As emergentes, as que ja largaram os corpos de soldados mortos na batalha contra as invasoes. As que ainde se mantem como cicatrizes.

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


Descansam pelo caminho, e embrulham-se no manto da bruxa ma. E tao bom e reconfortante este manto. Que prazer nos da, e que vontade de dar prazer ele nos traz.

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


E la chegam, a cidade de Oz. queimas a cera que se forma no seus ouvidos, na esperanca que isto venha a melhorar a percepcao da sua propria realidade. E constroem cruzes com as traves que tem em frente dos olhos.

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


E falam com o feiticeiro. Melhor, ele dirige-lhes a palavra. Repete-lhe as mesmas ladainhas do costume dos anos passados. Palavras que eles dpositam carinhosamente na sua memoria de curta duracao. Alimenta-lhes os sonhos e os pesadelos. Da-lhes a tempestade para que, quando regressarem ao seu estado original, possam pensar que finalmente encontraram a bonanca.

We're off to see the Wizard, The Wonderful Wizard of Oz.
You'll find he is a whiz of a Wiz! If ever a Wiz there was.


E la vao eles para casa com a sensacao que estao a tomar um novo caminho, um novo destino. E apenas o eterno retorno as velhas moradias. Fatima continuara no mesmo sitio ano apos ano.

A 13 de maio na cova d´iria,
Apareceu aos anjos a virgem maria



Thursday, April 29, 2004

Tragam-me um balde de tinta

E a mancha alastra, inevitávelmente. Imparável. Começou como um pequeno ponto na parede, e embora estejamos os 2 a olhar para a parede, só eu me apercebo da gravidade do facto.

Por esta altura já começa a sobrepor-se aos quadros kitch que ornamentam as paredes. Em breve ocultará as fotografias que nos recordam um passado já tão distante temporalmente como curta foi a sua duração. O presente de hoje, foi o futuro de ontem, e será o passado de amanhã.

Vou ter de apagar a mancha com um mata-borrão mais forte que o normal. Apagar a minha memória ou em alternativa um de nós. Cara ou coroa? Eu escolho coroa. Os Reis tremem mas ficam de pé!

Podes ficar com teu quarto e a tua mancha. Vou-me embora, dormir ao relento. Na ausência de paredes espero não encontrar manchas.

A mancha só existe na minha cabeça. Mas não sou o único a sofrer as consequências da sua existência.

Saturday, April 24, 2004

O mouro está feliz...

I believe in miracles
You sexy thing…
I believe in miracles
Since you came along
(were are from?)
You sexy thing


Este momento foi patrocinado por pastilhas elásticas Bubble-Bubble: o amor mastiga e deita fora que você sempre quis (e teve/tem), mas nunca teve coragem de assumir.
Areias movediças (O meu Presente)

São um fenómeno fantástico. Quando mais nos tentamos mexer e forçar uma saída.... mais nos enterramos.

A única solução para sair com vida é também a pior. Não nos mexer! Somos engolidos de qualquer das formas, mas mais lentamente. Com sorte, aparece alguém para nos puxar. E nem pensar em esbracejar. Esperar completamente imóveis. E quando chegar a ajuda, não podemos esperar unicamente pela corda salvadora. Podemos ajudar a nossa ajuda! Deitamos-nos nas areias (ou pelo menos tentar). É uma atitude bastante inteligente. Quando deitados, a superfície de contacto é maior e logo, é mais difícil sermos engulidos. Quando queremos ficar à tona de água o que fazemos? Boiar!

Por vezes alguém faz-nos coisas boas. Que nos fazem sentir bem. E por muito que se saiba que não esperam nada em troca, eu pelo menos, sinto-me na pele de quem tem de retribuir. E como? E quando?

Pior... Quando nos sentimos pressionados a fazer alguém feliz, movidos por um sentimento de retribuição (mesmo que a nossa vontade seja que essa pessoa se sinta bem em qualquer situação), o efeito pode ser contrário ao desejado. A pressão de que tudo tem de correr bem, que todas as coisas devem ser ainda melhor que as anteriores, pode ser (e é) um entrave ás nossas melhores intenções. E aquilo que começou por ser apenas um desejo de retribuição honesto, torna-se agora uma obrigação, nada sai de forma natural, e de cada vez que tento compensar, só prejudico.

Á tentação de retribuição cega, devo combater com um pensamento de que quem o fez não espera nada de mim, excepto: aquilo que eu sou. E que estou sempre presente, mesmo isso que não seja necessário.

Mais uma uma vez tenho de estra atento para não usar a solução mais óbvia, mas a mais racional. E a solução não é nadar, é boiar.

Thursday, April 22, 2004

Eu sou a Verdade e a Vida



in jornal "o público"

Wednesday, April 21, 2004

Moral racional

Não te esqueças filho, não deves mentir, principalmente aos que te estão mais próximos...
"então porquê pai? porque jesus disse isso?"
Quem é que te meteu essas parvoices na cabeça?!?! Não ligues a moralismos de sacristia. A Razão é muito simples, quando descobres que alguém mentiu acerca de algo, por pequeno que seja, começas a questionar, de tudo aquilo que te foi dito,o que é farsa e o que é verdade. E é essa dúvida que há-de matar os dois.
A morte saiu à rua

A morte
Saiu à rua
Num dia assim
Naquele
Lugar sem nome
Pra qualquer fim
(José Afonso)

Não foi a morte, mas o Mouro (já morto) que saiu decidido para a rua. Embora sem destino físico, a decisão estva tomada. Finalmente ia adquirir o meu casal de seres humanos. Tarefa simples, não fosse o obstáculo mais banal de todos. Para um projecto como este preciso de financiamenento. Os humanos podem ter custos de mautenção elevados, e eu não quero comprar uns quaisqueres, e já que os vou ter em casa, também não os quero insatisfeitos (penso mesmo em contratar uma ama para cuidar deles na minha ausência).

Fui a vários bancos pedir dinheiro (não possuo telefone para me sujeitar ás condições de escravatura financeira da cofidis e irmãs, e um Rei é apenas escravo dos seus pensamentos), mas em todos obtive uma mão cheia de negativas. E com razão. A mentira não é boa conselheira, e eu pequei. Nas agências bancárias disse que precisava deles como meus parceiros económicos nesta demanda. Custos baixos, basta que o 1º casal se reproduza com sucesso (e gere crias fêmeas preferencialmente), subcontrata-se uma empresa de acasalamento para as fecundar e no espaço de 2 gerações podemos ter dezenas de humanos. Para quê? Meus caros, as possibilidades estão apenas limitadas à vossa imaginação (tão curta quanto o vosso desejo reprimido em gravatas muito bem alinhadas)! As fêmeas poderão ser usadas para procriação, fecundadas apenas por espécimes seleccionados, ou, algumas menos fecundas e/ou especialmente dotadas em certas áreas, para tarefas iguais ás dos machos. Estes poderão ser usados como mão-de-obra barata na construção, na agricultura, na pesca, poderão ser educados para pintores, escultores, técnicos e cientistas das mais diversas áreas do conhecimento, poderão até ser treinados para vos substituir durante ausências forçadas em campos de golfe, (espanto-me frequentemente com a capacidade que os Humanos tem para aprender) e não é de olvidar a capacidade adpativa destes ás mais diversas condições meteorológicas e climáticas, a todos os sistemas políticos e sociais (acho até eles suportariam alegremente a alternância de regimes totalitários). São ou não são um óptimo investimento?

O meu emprestimo foi negado. Os bancos lucram mais se emprestarem dinheiro para uso pessoal, as taxas de juro para projectos com futuro são menores. Decidi então dizer a verdade. Eu quero um casal de seres humanos para meu deleite pessoal. Não pretendo um jipe nem uma casa de campo, quero apenas um casalzito de seres humanos! E finalmente deram-me dinheiro. E foi no Banco Espírito Santo (será que eles tem alguma relação com deus?)

Comprei-os em lojas separadas, queria que o seu conhecimento mútuo fosse mínimo. Acho que eles se tornam mais aborrecidos quando em bandos, que eles chamam pomposamente “Grupo de Amigos”.

Não vou perder em tempo a descrever-vos pormenorizadamente os casal, até porque vocês certamente já o imaginaram. Além do mais, qualquer casal entre os 18 e os 30 anos de vida serve para o meu projecto, eles são tão iguais na sua aparente diferença.

Levei-os para casa acondicionei-os na gaiola. E finalmente pude sentar-me no sofá a observar-vos.

Thursday, April 15, 2004

Foda-se! (Voltei a cair na esparrela)

Agora já me lembro porque havia dito não o iria voltar a fazer tão cedo. Está tudo bem, mas...
o tempo começa a escassear, depois é o pensamento que vagueia. Ao princípio é bom. Tenho a cabeça, limpa, não penso nas coisas más, não me preocupo em demasiada com a minha “carreira”. Mas depois... passo a ter o pensamento ocupado só com isso. Não sobra espaço para mais nada. È o stresse de não querer fazer nada errado, mas não querer fingir quando algo está mal.

Lembras-te quando tudo começou? Bem disseste: “Desta vez vai ser diferente! Vou gerir as coisas à minha maneira. Vou ser como uma filial bancária: dependente do Banco central mas com reservas próprias.” E agora? Não passas de um vazio. Pior! O vazio era o que querias, mas agora estás preenchido com coisas irrelevantes. Pensamentos fúteis e vagos.

“Desta vez vou confiar totalmente. Eu agora já estou diferente. Já distingo o essencial do acessório. Estou mais maduro e forte. E bem, a confiança é tudo!” E a esquizofrenia onde está? Pensas que é só tomar uns comprimidos, umas doses de quando em vez e pensar que tudo está bem? Já ouviste falar em dessensibilização? Não achas melhor aumentar a dose? E quanto maior o sentimento de privação melhor saberá a próxima dose. È isso que prende não é? A próxima dose?

“A alegria que encontro em 7 minutos durante o dia é a anfetamina que me mantém coeso” Mas antecipas e deseja com ânsia ficar mais 2, 3 horas a consumir a dose descansado. E quando te apercebes que só o abismo te resta, resistes, entras em negação como o último suspiro de um moribundo... o mais forte de todos.

Sabes que mais... com todas as tuas fraquezas e defeitos, tens noção da realidade, mesmo que não tenhas forças para a alterar. E a tua angústia é compreensível. para quê estar com alguém, se não podemos usufruir de tudo o que ela nos pode oferecer?

Friday, April 09, 2004

Gosto tanto de ti minha Barbie!

Quero ficar contigo para sempre... assim só juntinhos os 2, a obsevar a chuva a cair lá fora.

És tão bonita! A tua pele macia como um pêssego. Os teus olhos cristalinos. beija-me como se o mundo fosse acabar amanhâ.

Sabes que a minha vida não existia antes de ti. Não tinha quem levar a festas, nem quem apresentar aos meus amigos.

Vais para casa tão cedo? fica mais um pouco! Vamos fazer amor aqui no sofá antes que fiquemos velhos e os nossos corpos percam a genica da juventude.

Se queres ir vai! Mas tens de me compensar com uma ida ao cinema mais os nossos amigos.


Hello! I would like to buy this Barbie, however I want know if she comes with Ken?
"Sorry... She fucks with Ken, but she only comes with Action Men!"
Acabemos os preliminares. (complete os espaços em branco)

Queres saber mais da vida pessoal? Claro! Afinal não tenho nada a esconder. Eu sou um livro aberto, afinal para quê esconder o que quer que seja? Mais vale dizer-to já antes que comeces a especular. Não!? Tu não começas boatos! Apenas reúnes uma série de dados incompletos e meias conversas, e a partir daí constróis uma realidade alternativa, que existe apenas na tua cabeça. Eu faço isso também com os personagens que crio, mas esses não têm vidas prontas a ser destruídas.


Acabemos os preliminares!

Sim, eu gosto de mulheres. Eu sei que é uma anormalidade mas não consigo evitar. Sim, já fui destroçado por uma. Maldita (M______)! Ainda não sei se o fez por maldade inata da parte dela, ou apenas por fraqueza minha. Não faz mal. Fiquei vacinado.

(D______), a minha ex-namorada serviu apenas com um objecto sexual e emocional que manejei da forma que mais me convia para sarar as minhas chagas e inchar o meu ego. E se gostei verdadeiramente dela foi apenas nos breves momentos que durou o orgasmo. Queres saber o tamanho do meu pénis? E porque não? Assim evitas de olhar de esguelha com ânsia para a minha virilha quando trago calças justas... o meu pénis mede (_____) cm. Satisfeita? Não. Claro que não! Saber o tamanho é nada. Mas além destas palavras que te dou, não vais ter mais nada meu. E agora? Bom, estou tentado a deixar-te imaginar mais coisas onde elas não existem. Eu e a (______)? Não te vou dizer. Já sei que vais inventar uma estória gira, e é anti-pedagógico reprimir a criatividade das crianças.

Já te disse que depois que te conheci, não me julgo tão esquizpfrénico? Que agora sei que as alucinações podem ocorrer das mais diversas formas. E para mim não passas duma beata ressequida. Só não estás numa aldeia do interior, vives na cidade. Mas no teu interior não passas do rato do campo. Precisas de animação para o teu útero ressequido. Pretendes que outros façam aquilo que no intímo desejarias fazer, e depois reprovas o seu comportamento anómalo... e a tua cauda a balançar de prazer.

Agora vai para casa. O teu marido está à tua espera. Pretende que lhe faças aquilo que fizeste ontem ao vizinho do 5º esq. Eu fiz-lhe o favor de enviar as fotografias. Não precisas de me agradecer, não quero quer ninguém morra na ignorância.

Tuesday, April 06, 2004

Não estamos sós...

Alegrem-se pais e mães portugueses! Os vossos filhos não são tão incultos como parecem.

Na inglaterra uma percentagem importante de adolescentes acha que Hitler é uma personagem de banda desenhada, e que o Rei Artur e o cavaleiros da tábula redonda existiram de facto!

Tenho de pedir desculpas por pensar a população adolescente portuguesa em geral era inculta e tinha gosto nisso. Neste momento eles estão apenas a seguir o exemplo de um país mais "desenvolvido" que o nosso. Por isso pais, queimem as enciclopédias que restam em casa, vão ao Banco mais próximo e peçam financiamento para fazer um upgrade ao telemovél dos vossos filhos.

Bem-vindos à geração daaahhhh
O altruísta

Ontem fiz uma boa acção. E como convém a um Rei, poupei a vida de um humano.

Ia eu a conduzir descansado quando alguém resolve ultrapassar um camião. Isto tudo no sentido oposto ao meu, antes duma curva. Claro que o choque seria ineitável não fosse eu desviar-me no ultímo instante (poupei-lhe a vida mas preguei-lhe um susto - não se pode ter tudo na vida).

É incrível como estes humanos falam tanto em aproveitar a vida, antes de morrer, blá... blá... etc e tal (embora eu já tenha demonstrado que todos nascemos mortos) e depois arriscam tudo desnecessáriamente (podia ter ultrapassado uns metros mais adiante com menos risco e dores de cabeça). Ainda por cima bater contra um morto...

Saturday, April 03, 2004

É só mais um dia mau... na Guiné

Ontem, quando estava a chegar à cidade, passei pelo Rio. Nada de mais banal como num dia mau normal, não fosse o rio estar tingido de negro (ou preto...ou será azul escuro... afro-português?) e de vermelho (não sei se sangue ou tijolo).

Por uma associação de ideias natural, lembrei-me das eleições na Guiné-Bissau. Ainda não são conhecidos os resultados e já dois dos 3 partidos (que julgo os mais importantes no panorama político guineense) tinham feito declarações afirmando a existência de fraudes eleitorais e repudiando desde já os resultados eleitorais putativos, que apontam para uma vitória do PAIGC (o 3º, que não disse nada acerca do processo eleitoral).

Independentemente de terem ocorrido fraudes ou não, a comunidade internacional (entidade que tenho alguma difilcudade em defenir) já disse que, ou estas eleiçõesservem para estabilizar a democracia na Guiné ou as ajudas (?) estão em risco.

No meio disto tudo uma pergunta surge na minha cabeça (e não são as vozes do costume): ainda há alguma coisa para desviar neste país?
Não tenho tenho conhecimento de nenhum bem, físico ou político, que a Guiné possua para os dirigentes insistirem tanto em estar no poder. Custa-me a entender. Será a vitória política será tão importante para alguns do ponto de vista pessoal? Concedo que parte de nós seja a nossa vida profissional (é pena que para alguns o emprego não passe de um frete), e as ideias que defendendemos (não acredito em ideiais) - é bom que assim seja. Mas tenho visto debates onde há ofensas pessoais, onde cada virgula e ponto são discutidos para além do racional, onde se discute o sexodos anjos como se isso fosse essencial para a tomada de decisões, reuniões de catequese onde as beatas se ofendem pelas flores serem azuis ao invés de verdes, e fazem disso a sua cruzada pessoal...

No próprio meio académico, em teoria constituído por pessoas inteligentes acima da média, é frequente verem-se ofensas pessoais em reuniões institucionais, guerrilhas na discussão de propostas alternativas, com contagens de aliados nos corredores e nas mesas do café. (nota: para aqueles que acham que é nas assemleias que ocorrem as decisões... estão enganados! já vai tudo decidido dos gabinetes e das maquinas do café)

Continuo sem perceber até onde é que a competição e comparaçãode ideias nos poderá levar. Na guiné não há problemas. estão longe, as nossas fronteiras vão ser fechadas e... bem, eles já estão tão mal que morrer ás vezes é o único remédio para curar alguns males. O problema é que raramente morre a doença, apenas o doente.

Hoje o rio já tinha a côr "normal", mas contino sem saber o resultado das eleições na Guiné-Bissau.

Tuesday, March 30, 2004

"Sugar Man" - David Holmes (música muito aconselhavel. O Sr. é responsável, entre outras coisas, pela banda sonora do Ocean´s Eleven)

Sugar man, won't you hurry
'Cos I'm tired of these scenes
For a blue coin won't you bring back
All those colours to my dreams

Silver magic ships you carry
Jumpers, coke, sweet Mary Jane

Sugar man met a false friend
On a lonely dusty road
Lost my heart when I found it
It had turned to dead black coal

Silver magic ships you carry
Jumpers, coke, sweet Mary Jane

Sugar man you're the answer
That makes my questions disappear
Sugar man 'cos I'm weary
Of those double games I hear

Sugar man you're the answer
That makes my questions disappear
Ping-Pong

“Ó Mouro, porque é que escreves coisas tão deprimentes?”
Deprimente é a Ágata! Eventualmente escrevo coisas depressivas. Estás tão preocupada com a pontuação e as vírgulas, mas não te preocupas com o significado dos termos que usas? Até pode ser verdade que as palavras nunca são aquilo que pretendemos, mas aquilo que os outros entendem, mas não custa nada ter mais cuidado com aquilo que se diz.

“mas não poderias escrever coisas mais alegres e divertidas (tu até tens algum jeito)? A vida já tão triste.”
Até pode ser triste, e se for esse o caso eu estou aqui apenas para lembrar que podia ser ainda pior. Que o riso de escárnio que baila na tua boca quando alguém escorrega e cai, a piada fácil de sexo que entendes mas recusas admitir, são apenas um sal impuro e contaminado, do qual te alimentas (in)conscientemente para alcançar o torpor da pobreza de espírito. A alegria virá quando tiveres consciencia do que és, e de que, para seres melhor do que os outros, basta que tentes apenas ser melhor do que tu própria. Parece uma daquelas verdades universais, não é? Então porque insistes em ficar feliz com as quedas dos outros?

“Escreves de uma forma tão complexa... não podias explicar aquilo que afinal queres transmitir? Só algumas pistas...”
Podia! Mas se o fizesse estaria a contaminar o teu pensamento. Todas as tuas reflexões iriam ter como ponto de partida as minhas próprias, e nesse ponto deixarias de ser livre. Talvez pudesse ser mais explícito do ponto de vista formal, situar melhor as minhas estórias, poli-las mais. Mas confesso a minha incapacidade para discernir o essencial do acessório quando escrevo. Acredita que é muito fácil ficar enebriado com as palavras per si, e chegar ao final com um prato de nouvelle cuisine, muito bonito mas... ou então como uma bela feijoada, demasiado pesado. Logo, entre escrever de menos e ser pouco explícito, ou escrever só aquilo que para mim é essencial....

“Acho que escreves estórias simples apenas porque te falta capacidade argumentativa!”
Mea culpa! Sim, já o admiti. Ao contrário doutros não consigo esvrever de forma lógica tudo aquilo em que penso. Por isso crio personagens, estórias, recorro a analogias, enfim recorro á minha criatividade. Nunca disse que queria escrever aqui pequenos ensaios acerca de tudo e de nada. Isso não me interessa. Mais do que as minhas próprias reflexões estou mais interessado em fazer reflectir. Considera-me o teu espelho.

“E não tinhas prometido a ti próprio não justificares nada daquilo que escreves, ou porque é que o fazes? Onde pára a tua coerência?“
A minha incoerência reflete a minha personalidade única.

Friday, March 26, 2004

Snatch

Para quê insistir, e continuar a dar pérolas a porcos?
Pode ser que um dia eles se engasguem e morram.
Uma estória de amor lamechas

O tótó e a tátá conhecem-se desde miúdos. E quando os níveis de hormonas se elevaram, apaixonaram-se.
O tótó era fiél. Quando a pupu, uma bela mulher, lhe quis ensinar um ou dois truques, para ele mostrar orgulhoso à sua tátá, ele orgulhosamente, e contra o resultado do referendo feito pelos amigos, recusou.
A tátá era virgem. Quando se chateou com o tótó (as zangas fazem parte de qualquer relação amorosa) pediu ajuda a um amigo do agora namorado-pause. Este amigo ajudou aliviando-a do peso da virgindade.
Passado uma semana tinham pressionado a tecla play do namoro, que seguiu feliz como nunca.
E agora?
O tótó e a tátá casaram, têm uma ninhada de pupus e ainda vivem felizes.
Tudo está bem quando acaba bem. Adoro estórias de amor felizes...

Thursday, March 25, 2004

Lítio e Cafeína

De facto não me apetece fazer nada. Queria um café e lítio se faz favor... já agora tem para aí uma janela com uma boa vista para cidade? Pode ser do 10º andar... suícidio?! Não! Sou demasiado covarde. Preciso apenas de testar uma guarda-chuva novo, disseram-me na loja que era especialmente resistente.

“lá estás tu outra vez!”
“achas mesmo que vais resolver alguma coisa com estas lamúrias?”
“é sempre a mesma coisa, sempre que algo não está bem ficas com essa cara de cachorro...”
“estás á espera que tenham pena de ti, não é?” “nem tu, nem nós acreditamos nessa treta”
Eu não quero que tenham pena de mim! Eu assumo todas as minhas decisões!
“ou a falta delas”
E qual o problema de ficar parado á espera que as coisas aconteçam por sí? Assim nunca erro, nem nunca sou rejeitado...
“pois, pois...”
“e esse travo amargo que fica na boca após as não-decisões...”
“e se?” “essa pergunta não te faz comichão por dentro?”
“claro que podes sempre ficar eternamente no sofá a imaginar que escreveste aquela carta, ou que fizes-te aquele telefonema...”
“... adivinha...”
“NÃO O FIZESTE!”
Mas isso foi uma não-opção minha!!!!! O ócio quando ataca pode ser o nosso melhor amigo, ficar á espera, como no útero, até ser violentamente empurados para o mundo. E se tiverem pena de mim?! Sim! Eu faço isso! E resulta! Eu sei que resulta, eu sou bom nisso... pelo menos nisso... que culpa tenho se os que me rodeiam caem no truque vez após vez, em vez de me espancar para me arrancar do torpor?
“queres violência?”
“por não a inflinges a ti próprio?”
"a única e possível solução para os teus problemas..."
“quais problemas?”
“pareces uma novela mexicana...”
“...esquizofrénico cor-de-rosa...”
“... andas a inventar problemas para te sentires triste...”
O riso assume para mim a importância da cocaína. Preciso de cada vez mais para me sentir bem, e quando caio em mim apercebo-me mais nítidamente do que me rodeia, quase que me observo do alto, triste...
“... pensas que os depressivos são mais criativos?”
“... talvez o sejam...”
“mas não pretendes afirmar que todos os drogados escrevem como o Jim ou como o Kurt?”
“pfui..”
“julgaste uma grande coisas por escrever aquilo que estas vozes te falam?”
“adivinha uma coisa...”
“... não és o único!”
“ser humano...”
“...temos pena de ti”
Mas escrevo! Tomei essa decisão! E nem que deixe de ter quem me leia, ou quem goste de o fazer, vou continuar a fazê-lo. Sim, isto é exercio de masturbação mental, associado ao voyerismo de uns quantos, mas é a ejeculação final que dá prazer. E quanto mais observam mais os meus movimentos ficam tolhados, e sinto os seus olhos a examinar-me, como eu lhes faço todos os dias sem eles saberem (condição essencial para testas as suas verdadeiras reações), sinto que começo a auto-limitar a minha criatividade...
“qual criatividade?”
“daqui a umas semanas estás a escrever lamechices...”
“... com coraçõeszinhos...”
“... bolas de sabão...”
“... atiradas por uma rancho de garotos louros e sardentos....”
“enquanto o seu lanche é comido pelos negros esfomeados...”
“... tudo numa harmonia feliz.”
“brincadeirinha...”
“nós sabemos que não o vais fazer...”
“(embora o desejes profundamente)”
“por não tens capacidade para tal!”
Obrigado pelo elogio. E sim, pretendo ser mais que a maioria. Aspiro à perfeição que recuso ver nos outros. Se não escrevi um livro, escrevo estes textos caóticos, não plantei uma árvore, mas semei milho, e não fiz um filho (felizmente), mas por vezes pratico.
“fracos substitutos...”
“...atreveste a comparar a masurbação ao acto de fazer amor!”
“nem a morte mereces...”
“... apodrece no teu sofá!”

Olhe já não quero o lítio. Fico-me pela caféina... preciso de falsa energia, para recuperar desta tareia.

Monday, March 22, 2004

Parábola da água (ou como é difícil tomar decisões quando não sabemos o que queremos)

“Bom dia” Bom dia. Que vai tomar? “Uma água se faz favor” com ou sem gás? “…” fresca ou natural? “…” com ou sem sabor? E que sabor? “…” e tem preferência por alguma marca em especial? Temos luso, carvalheiros, vimeiro, castelo, Campilho, serra de estrela, das pedras, caramulo… “deixe estar. Já não quero água. Aliás, já não quero nada. Bom resto de dia para si.

Wednesday, March 17, 2004

Almoço de família domingueiro.

Na televisão ainda a notícia dos ataques bombistas em Madrid. A minha mãe questiona, "mas qual a necessidade de matar tantas pessoas inocentes?" "isto é uma guerra. Conheces alguma guerra onde quam morre são os culpados e não os inocentes?" Este meu pai tem cada ideia mais estranha.
Diabos há muitos

Os diabos da tânsmania são muito interessantes. São tão irrascíveis e violentos, que para além de não lhes causar qualquer transtorno matar as suas crias, preferem, mesmo na abundância, roubar o naco de carne dos outros diabos, a comer aquele que lhes está destinada.
Ainda bem que os humanos não são assim!

Tuesday, March 16, 2004

Acordei cego.

Despertar estranho, pois à consciência da minha cegueira está associado a inexistência de factos visuais para interpretar. Entre encontrões aos móveis e cabeçadas nas portas consegui tomar pequeno-almoço. Suponho que desfiz a barba bem (embora tenha sentido um liquido quente a escorrer pelo pescoço no final do acto) e que até acertei com a sanita enquanto urinava. Esta minha condição permite que as coisas sejam da forma que o meu cérebro as projecta, a meio caminho entre o sonho e a esquizofrenia. Interessantes as alucinações visuais de um cego esquizofrénico (e não serão todos os esquizofrénicos cegos?).
Ao fim de algum tempo todos os meus outros sentidos estão no máximo. A cegueira levou-me para um plano superior de percepção. O barulho que de inicio não passava de cacofonia, speed metal ou Toy, causando confusão generalizadas nos meus circuitos cerebrais, começa a passar por um crivo selectivo, distingo a pouco e pouco as conversas dos vizinhos, os carros, e até o bater acelerado do meu próprio coração com a ansiedade de absorver todo o mundo que está para além do apartamento.
E saí de casa.
Empurrado pela multidão apercebo-me que já não vejo as suas caras tristes definhando entre pensamentos fúteis. Sinto o tilintar das moedas e o murmúrio de agradecimento, mas não vejo o indigente. Mas não sou um cego platónico. Eu já vi. Todos os sons, cheiros, o macio da lã e a dureza da pele, não os posso interpretar livremente. Estou preso pelas memórias do que já vi. Não preciso de ver o nojo da cara do pedinte e o sorriso orgásmico de quem dá esmola, para saber que eles estão lá. O suor que cheiro tem dono. É aquele homem obeso num fato lilás e cabelo seboso, que procura movimentar-se durante o seu passeio semanal.
Não gosto deste lado da estrada. A percepção de que consigo ver mesmo estando cego, torna-me um invsual numa terra de cegos. “deixe que eu ajudo-o a passar a estrada” mais que uma oferta de uma mulher anónima, soou-me a pedido, mais um lamento pela sua condição, do que pena pela minha. Ninguém dá nada a ninguém, e se a minha cegueira estimulou os outros sentidos, eu continuo sem ver! Sinto de forma diferente a vulnerabilidade do meu corpo, qualquer passo falso pode significar o fim. Poderei ter um encontro com a Morte sem a olhar de frente. E confiar cegamente em alguém num momento de maior vulnerabilidade? Claro! “Está demasiado trânsito para atravessar sozinho” A voz que inicialmente me parecia indistinta de todas as outras que me rodeiam, surge agora mais aveludada, quase sensual. Embora cego não perdi as minhas faculdades de homem, e passou a ser possível identificar pela voz a altura da minha interlocutora e agora guia, senti que os seus dedos eram firmes não se notando o balofo de uma existência fútil… Sou agora uma cria de ave que se deixa empurrar para fora do ninho, confiando na palavra da mãe. Leva-me para onde quiseres (sinto que não se pode dar carta branca a humanos, quaisquer que eles sejam),
Á sensação de comunhão com esta mulher, seguiu-se uma desconfiança virulenta. Não sinto já o movimento das pessoas. Olham-me para mim de mão dada com uma estranha que se prepara para me ajudar(?) a passar para o outro lado. Exibem um sorriso irónico, de prazer abjecto, na antecipação da queda de quem lhes é superior, agora todos em comunhão, felizes e ignorantes do prazer que por breves momentos tive, e que eles nunca poderão possuir. No lado de lá, vou chorar de pena pelos vossos sonhos abjectos e inúteis da minha queda. Por isso é que nunca serão invisuais numa terra de cegos!
Vamos!
Com o braço na minha cintura indicou-me o caminho. A cada passo sentia crescer a minha confiança e a minha empatia por esta desconhecida…
Ei! Onde estás? A minha confiança foi-se! Rodopio sobre mim mesmo e não a vejo… porra! Ainda estou cego! E confuso. Não brinques comigo… estás a brincar não estás?! Não me ias deixar aqui sozinho no meio da…

PUM!!!

Acordei no hospital. E já conseguia ver… “lamento… o Sr. está tetraplégico” quê?! “existem possibilidades de recuperação, mas só com o tempo se saberá a extensão das sequelas, que irão sempre ficar em menor ou maior escala” Obrigado Dr. Naõ me consigo mexer, mas pelo menos já não estou cego.