Monday, December 29, 2003

Termómetro

Estamos quase no fim do ano e sucedem-se as análises ao que de melhor e pior se passou em 2003. Alguns, mais originais fazem previsões acerca do que poderão ser os factos e personalidades mais marcantes do próximo. Eu como modernaço que sou também decidi fazer um termómetro, daqueles que se enfiam no rabinho dos bebés, do ano que está quase a acabar (comigo).

Muito quente
Surpreendentemente, para mim o facto mais marcante do último ano foi o aparecimento deste blog! Ainda mais surpreendente é o facto de já ter tido por esta altura 50 VISITAS!! Cerca de 5/6 foram minhas, mas o que conta é a intenção.

Quente como o caralh…
Na minha lista de surpresas deste ano, está a luta estudantil contra as propinas. Pela 1ª vez em muitos anos, diria até séculos, os estudantes reuniram-se numa grande sessão, tipo, enrola lá isso rápido que temos de ir para Lisboa mostrar os glúteos à Sr.ª Ministra, e marcharam contra tudo e todos, até contra eles próprios. E com bons argumentos: “ò Lynce vai pró caralho (= pénis) ”; “Leite (Manuela Ferreira) faz-me um bico (= variedade de pão típica do centro comercial amoreiras) ”. Apoiado! Essa agora obrigarem a pagar para estudar, alunos aplicados que conseguem tirar o canudo por vezes em 10 anos, mesmo que para isso, e com muito sacrifício, tenham de faltar a uma ou outra festa da cerveja. Estes políticos são uns sacanas! Nós é que somos o futuro de portogal!

Com o sangue a ferver
Falou-se também muito da auto-estima dos portugueses, que andou pela hora da morte. Corrijam-me se estiver enganado. Para uma coisa morrer tem de estar viva antes, não é? Alguém viu por aí essa chamada auto-estima? Portugueses?! Quem são? Ainda não fomos apresentados. Não me digam, são aqueles dum programa de televisão de grande audiência, o BB4. oba, oba, acertei. São pessoas muito afeiçoadas. Só ainda não percebi o que fazem na vida, para além claro de aparecem nas revistas cor-de-castanho. Eu chamo-lhes carinhosamente isso porque leio-as quando estou na casa de banho. Em momentos de profunda reflexão, portanto. E quando falei de grande audiência estava a pensar numa que pudesse determinar a sanidade dos criadores e dos produtores do programa.

Em ebulição
Já que menciono portugueses tenho de falar de músicos e de música portuguesa. Andaram para aí a berrar que não tem visibilidade, que a lei não é cumprida (ou comprida?), a rádio não lhes atenção (e a televisão, e os jornais?), um ror de maleitas anda a afligi-los. Mas o que é a música portuguesa? Os Anjos, a Ágata, os Primive Reason, Silence Four, Xutos, da Weasel, Ruth Marlene, Ithaka, Quim Barreiros, Leandro e Leonardo, Canta Bahia, Madredeus, Camané, Vitorino…. A música portuguesa é aquela que é cantada em português, ou isso não tem importância? Têm de ser feita por uma banda composta maioritariamente por cidadãos Portugueses, ou basta que tenha um (Extreme)? E se forem estrangeiros radicados em Portugal (Ithaka/Darin Pappas)? E portugueses radicados no estrangeiro (Rui da Silva)? E filhos de portugueses (Jamiroquai)? Cabe tudo na mesma panela? Isto foi o que os senhores músicos portugueses nunca esclareceram. Pedem mais tempo de atena nas rádios, mas já ouviram as rádios locais? gostos são gostos, mas não há dúvidas que nestas rádios se passa mais música cantada em PORTUGUÊS do que o exigido na lei. Claro que não se pode esperar que passem Ornatos Violeta, da mesma forma que alguns músicos, não podem exigir que uma rádio como antena 3 ou até a RFM (blagh) passem grupo Tradicional de Cascos de Rolha.

Frio como um Morto
Este foi também o ano em que a Grande Reportagem morreu. Ainda não, mas está moribunda. Passou a ser vendida semanalmente como um mero apêndice de 2 jornais. E pior… tens entrevistas de 1 página, artigos de investigação de 2… se passar a ter horóscopo fica a Maria Reportagem. Aqui presto homenagem á revista que me ajudou a amadurecer enquanto cidadão e enquanto pessoa atenta ao que rodeia (e não estou a falar da Maria).

MornoÈ também de assinalar a captura de Osama Bin Laden e do retorno das democracia ocidental ao Iraque com eleições livres já para breve.

por ora só me lembro destas pequenas miudezas que marcaram 2003... mas eu voltarei (se me apetecer).

adiós

Sunday, December 28, 2003

Vamos à caça?

Os predadores são dentro de todos os seres vivos os que estão no topo da cadeia alimentar, não melhores nem piores que os outros, mas simplesmente estão no topo.

Os predadores fascinam-me. Gosto mais de uns do que outros, mas fascinam-me. As suas estratégias, a sua capacidade de atacar os mais fracos e os supostamente mais fortes. A selecção das presas, a sua “racionalidade” – só caçam quando tem fome, ou precisam de alimentar a sua prole.

Comecemos pela realeza. Os leões. São reis e como tal vivem à conta do medo que tentam infringir aos outros. Como realeza que são, não são grande coisa. Felizmente em Portugal já não existem Reis, pois pelos exemplos do passado poucos tinham algo mais na cabeça do que a soberba, ou a juba. Imaginem o que seria o D. Duarte como nosso Rei… Acordem é só um sonho mau… já passou. Os leões passam dias de ócio até terem fome. Depois andam largos minutos a correr desenfreadamente atrás de dezenas e até centenas de possíveis presas para com sorte apanharem uma ou duas. E ainda repartem pela corte. Estúpidos.

Tenho uma certa afeição pelos répteis, mais precisamente as cobras e afins. Estes rastejam silenciosamente, circulam quase inocentemente e com muito low-profile. Quando atacam ou são atacadas, por terra, fixam o adversário nos olhos. Um olhar hipnótico, dizem alguns. As cascavéis ainda possuem um pseudo-chocalho inebriante, sedante. Uma pequena mordidela basta para a imobilização e morte dos oponentes. Um golpe desferido com rapidez e eficácia. Outras, como as jibóias e anacondas, atacam lentamente, vindas sabe-se lá de onde para dar um abraço de boas-vindas… devemos ser carinhosos com as nossas refeições. Verdadeiras smooth operators.

Os meus favoritos… as aves de rapina. Estão lá em cima, praticamente a salvo de qualquer ataque. Planam longamente aproveitando-se das correntes, quase alheadas do que se passa cá em baixo. Elas estão atentas. Visão poderosa, facilitada por verem tudo de cima, apercebem-se de todas as movimentações. O factor surpresa… um voo picado, repentino, inesperado, e já estão a ir para o seu refúgio. Sozinhas? Não. Nas garras, ou no bico, já repousa um pequeno roedor, um peixe, ou até, uma cobra. Podem até debater-se com coragem, mas o seu destino já está traçado. De uma eficácia a toda a prova. Enquanto que os répteis ficam vulneráveis enquanto comem a presa (ficam literalmente inchados de orgulho), as aves de rapina preferem deliciar-se com o seu manjar longe de olhares indiscretos, no seu ninho.

Os abutres. Asquerosos e cobardes. Comem o que os outros deixam, ou pior, atacam para ficar com o saque, que outros tiveram o trabalho de conseguir. Ficam no ar à espera do momento em que a presa está demasiado fraca para combater pela vida. Ou está sem vida. São pacientes. A única qualidade que lhes concedo. Mas também são irritantes. Fazem várias tentativas de quase-ataque insípidas para verificar o estado real da vítima. Acercam-se apenas de seres débeis, comatosos. Gostam de carne putrefacta porque não lhes dá trabalho. Comida com risco e esforço mínimo. Que lhes faça bom proveito.

No dias que correm os abutres estão com medo. Equaciona-se a possibilidade de não haver Queima das fitas. E a recepção aos caloiros ainda está tão longe.
È tão difícil embriagar mulheres feitas.

Friday, December 26, 2003

O Visonário

O Sr. Bispo do Porto na sua mensagem de natal disse que o espírito de natal estava a acabar, e que um sentimento consumista se apoderava cada vez mais das pessoas no Natal. Não?!? Jura? Este homem é um visionário, um profeta. O bispo para presidente!

Este homem não deve sair de casa no natal há pelo menos uns 5 anos. Quando ele descobrir que é o pai natal que dá as prendas em vez do menino Jesus, ainda perde a cabeça e pede a demissão do governo, ou até, pega na Kalashnikov dos seus tempos de furiosa resistência ao Salazarismo e parte com esta merd… isto tudo.

Um apelo à TV cabo: ofereçam ao Sr. Bispo uma assinatura da Sportv, pois é o único local onde um jogo com qualidade das distritais é um grande embate da Superliga! Enfim onde realidade é um sonho. O mesmo também se passa na Sexy Hot e no Viver Vivir, mas para isso sugiro uns vídeos caseiros que podem vir via CTT num embrulho discreto.

Quero aproveitar esta oportunidade para dar os meus parabéns ao Sr. Bispo pela sua mente iluminada, e espero que Deus tenha partido o molde de onde saiu a sua cabeça. Espero também que a bênção que o Sr. vai fazer a um Centro Comercial, num futuro próximo (dado verídico) corra bem.
A torre

Já sabem? Ficaram modestos nos E.U.A., no lugar das torres gémeas vão construir apenas UMA torre. E prometem que vai ser a mais alta do mundo. Algumas pessoas mesquinhas já andam a dizer que só mais alta por tem uma antena gigantesca na ponta, e que isso é batota. Dor de cotovelo!

E vai também ser a mais segura do mundo e arredores! E não pensem que é grande para ser mais fácil de acertar com os aviões na próxima vez. Eu soube de fonte segura (há português na construction do building) que o tamanho é um chamariz para os piratas do ar! Quando eles vierem contra a torre são lançadas umas redes de pesca do topo do building, como aquelas das traineiras, para os caçar antes que deitem aquilo tudo abaixo. Por isso é que é mais segura.

O raio dos americanos são espertos com o caraças!
Hino à Irresponsabilidade

Nature or nurture (natureza ou educação)? Esta pergunta volta e meia surge nas nossas cabeças. Afinal, somos o resultado da nossa herança genética (= não me culpem, foi assim que o meu papá e a minha mamã me fizeram!) ou a nossa personalidade é o resultado da educação que tivemos, dos amigos, e mais importante que tudo: da Televisão.

A alguns anos atrás, quando se falava da descoberta de um gene gay (era um cor-de-rosa e que dançava ao som de YMCA), as organizações homossexuais andavam excitadíssimas (???) com essa possibilidade. Isto porque se existisse um gene responsável pelas nossas orientações sexuais deixaria de haver razões fortes para a discriminação, ou seja, um casal de homens podia adoptar uma criança, sem que (ai Jesus) houvesse o perigo desta “virar” bicha por influência dos pais. OU então um professor gay deixaria de ser reprimido de falar de sexo, uma vez que as meninas não seriam fufas pela sua má influência! Não haverá argumentos melhores para acabar com este tipo de discriminação?

Isto prova que toda gente quer é sacudir a agua do seu capote. “Eu matei o gajo mas foi porque o meu pai me deu um Action men no natal – fiquei tão traumatizado”. Uma coisa ocorre na minha cabeça (I ear voices in my head). Quando temos idade e vontade de decidir o caminho que queremos, as decisões são realmente nossas? Ou são apenas o reflexo da nature e/ou nurture? Vendo por este prisma, nós nunca somos responsáveis por nada!

Até concedo que certos factos na nossa infância nos possam perturbar e condicionar para o resto da vida (I still ear voices in my head), mas não tenho dúvidas que nem tudo é desculpável e/ou compreensível.

Vivemos na era da irresponsabilidade absoluta.

Wednesday, December 24, 2003

espirito de natal

Olá,

eu hoje senti um pouco do espirito de Natal... fui ás compras e vi com os olhos (também senti na pele) o civismo que ataca os portugueses nesta altura... a paciência nas filas dos embrulhos, carros a parar na passadeira, alguns até deixavam passar os peões, os outros limitavam-se a esperar pacientemente, e sem buzinar, que a fila andasse mais uns metros. Lojas cheias de gente que festejava alegremente o Nascimento do Salvador. E música alegre, verdadeiros hinos de amor, harmonia, e sentimento cristão (ex: Last Christmas by George Michael/Wham). Quase vi no rosto de alguns a Madre Teresa de Calcuta, na fase final de sua vida.
Como estou tão inspirado por este espirito, tenho de ser verdadeiro e afirmar que o Pai Natal não existe... quem mo disse foi o coelhinho da pascoa, ladeado pela fada dos dentes e pelo perú do dia de acção de graças, no 4 de julho deste ano.
Beijinhos e abraços a todos (as) e não se esqueçam de se divertir nas férias, com quem entenderem, porque nunca se sabe como vai correr o próximo Ano... E SERÀ CERTAMENTE MELHOR!!!!!!! :-)
Adiós

Friday, December 19, 2003

life´s a bitch... you got to fuck her hard!

imagino-me já velhote, com 30 anos, a embebedar-me num tasco da terra, e a lamentar-me da puta da vida. Poderia ter sido maquinista... e o jeito que tenho para a bola! ah... se algum dia tivesse escrito alguns dos meus pensamentos num blog, tudo seria diferente.

Não que a vida seja má... eu é que ainda não trato suficentemente mal.
Hora - 23.45
Local- TVI
Programa - Anúncios de brinquedos

brinquedos... quase à meia-noite??!?! Ou os horários do desenhos animados mudaram, ou hà para aí muito pai com fetiche por Barbies.

Na RTP anúncios de whisky, velho. Como de costume, só aparecem homens, daqueles que aparentam estar despreocupados com a vida (se eu ganhasse a vida a fazer anúncios também estava assim), em amena cavaqueira. E o elemento feminino? Completamente ausente. Só aparece neste tipo de anúncio como factor decorativo... um objecto, tão importante como whisky que se bebe... ou será o contrário. Mas com a idade, as opções, e a visão de vida, são diferentes. Na publicidade aos whiskys novos, a mulher já aparece com um elemento humano pleno de direitos, e por vezes, dominadora. Quem não se lembra de "A tradição já não é o que era"?
Continuando a temática do deus Baco, de braço dado com o Narciso, chegamos aos licores e bebidas doces. Aqui, reina a sensualidade, a sedução, o jogo de olhares. O sexo é quase invariavelmente o que une as pessoas que bebem estas bebidas. Talvez se associe a doçura e a textura suave, à luxúria.
Nada de mais errado! A vodka é a única bebida comprovadamente afrodisíaca (para ambos os sexos). Quem já se embriagou com esta bebida, sabe que os seus efeitos são como os jogos sexuais. De um momento para o outro estamos dispostos a arriscar tudo.
Flirt e ciência

Hoje, sinto-me (quase) um verdadeiro português! Passei 2 dias inteirinhos a trabalhar, e o resultado é..... quase nada. 2 dias! se tivesse uma arma e só tivesse uma bala dava um tiro... no computador em que estive a trabalhar.

Ontem, meio orgasmo cientifico. Olhei para ela, e ela estava tão bonita. Preparei-me para fazer a experiência. Tudo estava perfeito. Começamos, eu e ela, e o computador. Que resolveu parar a meio da experiência! Com todo o meu sangue frio resolvi falar com ele, e continuar confiante com a experiência. Ela continuava bonita e com uma aura de mistério, com uma mulher prestes a revelar-se pela 1ª vez, eu o privilegiado. E o computador voltou a atraiçoar-me.

Esta experiência é análoga a muitas situações de flirt (ou engate para os pacóvios). Ela vem ter connosco, começa a conversar, e nós, com o ego embalado, entramos no jogo. Mais minuto menos minuto o assunto sexo vem à tona (puxado por ela, as mulheres são óptimas para puxar assuntos de conversa). Eventualmente, chega o convite dissimulado, falado com os olhos e o corpo. Nunca explicito. Como isto acaba? Na cama! Cada um na sua.

Esta é uma situação típica em nós (pobres e inocentes homens) somos levados a pensar que a estamos levar para a cama. Uma meia foda para os amigos, mas nós é que somos enrabados. É engraçado (pelo menos para elas) como algumas mulheres (não todas... felizmente) nos fazem desejá-las, para o ego delas crescer (em nós não cresce apenas o ego, mas também). E quando pensamos que já está no papo... E acreditem, elas fazem-no conscientemente, propositadamente, para ver até onde vai a nosso desejo por elas. Nós claro, vamos para casa chateados, mal da vida, com o ego em baixo, mas outras coisas em cima. Obviamente, eu continuo a cair na conversa delas, com esperança que desta é que é.

Hoje voltei a fazer experiências. A tentar. As células estvam com o aspecto miserável, mas eu estava confiante. E o PC… voltou a bloquear.

Só não me sinto um verdadeiro Portuguis tuga porque passo mais horas no trabalho que estes passam em frente ao televisor. E nem sou pago para isso! Aliás, não me pagam para nada.

Maldita hora que resolvi que queria ser doutor da tanga.

Tuesday, December 16, 2003

Apareçam em:

http://d-holbster.blogspot.com
As leis
Apanharam-nas! As gajas abortaram e foram apanhadas. E foram várias. Mas mais do que falar no aborto, se é ou não aceitável, disto já muito se falou, eu queria falar de outros factos interessantes que rodeiam este caso agora em tribunal. E está mesmo a ser julgado, o que eu acho bem. Pois se abortar ainda é crime, é logico que tenha de se fazer cumprir a lei. Se estas existem não podemos olhar para lado, e muito menos os responsáveis pela sua aprovação.

E ouvi uma coisa que me deixou estarrecido. Um dirigente politico disse que achava bem que o aborto fosse proibido, mas que deixa-se de ser crime. Eu pensei um pouco no assunto, e a conclusão a que cheguei, assumindo que esta idéia brilhante iria avante, foi que passaria a haver caça às multas por aborto. Um GNR em cada clínica privada, a assistir às cirurgias, e no final, desculpe lá minha senhora, mas o que fez é moralmente reprovável, ora pague lá a multinha de 100 euros. E o Sr. Dr.? Bebeu? Não sabe que não deve fazer isso? Vá por esta passa, mas para a próxima quero uma consulta para a minha Maria, ela não se ajeita bem com DIU. Mas que merda é esta? Vivemos no país das avestruzes? Ou é, ou não é! Não podemos agradar a gregos (pró-vida) e a troianos (pró-decisão pessoal), este tipo de proposta parece ter saído da cabeça do Guterres. Se um pais é o reflexo das suas elites, o nosso é o exemplo perfeito.

Um dos factos que me deixou particularmente feliz, e um pouco triste também, foi a presença dos companheiros das mulheres no banco de réus. Eu acredito que muitas destas decisões são tomadas em conjunto pelo casal (afinal, o feto é da responsabilildade de ambos), senão forçadas pelo homem e/ou familias. Nada mais lógico que eles também sejam responsabilizados. Parte má é que eles estão indiciados apenas como cúmplices. Pelo que referi, eles deviam ter um castigo (se forem culpados de algo e mesmo vale para elas) semelhantes à companheira, e não um pseudo-estatuto legal à parte.

Foi também com agrado que soube que em vez de uma parteira ranhosa e do Portugal feudal, está também no banco de réus, pasmem-se, um Médico. É que só quem não ouve, ou não quer ouvir (pior grau de surdez), não sabe que à boca pequena são citados de vez em quando clinicas, em território nacional, onde são realizados abortos ilegais. E não me parece que sejam feitos pelas tais parteiras.

É pena que este este caso não tenha sido descoberto após uma investigação coerente das nossas autoridades (?). Este caso foi descoberto porque um dos casais foi parado pela policia devido a uma infracção de trânsito. Para evitar a multa, o casal alegou que tinham vindo de uma clinica, onde tinham gasto muito dinheiro a abortar. Santa inocência. Temo que este seja um exemplo da ignorância, da qual o nosso pais nunca se libertou.

Sou a favor de que a decisão de abortar, ou não, passe pelo casal, e não por uma qualquer lei. Mas esta lei existe, e como todas as outras leis tem de ser cumprida. Nem mais nem menos, mas de forma igual. Esta é a unica diferença entre um país utópicamente democrático e a selva.
Enjoy it!

I am the devil.
Look at my sweet, smiley eyes. I am sweet an innocent, a little sheep. Don’t look at my moving tail. I only use it to hypnotize those mean people that believe that lust is a sin. Burn in hell those that never felt the carnal pleasure. Burn twice those that were unable to deliver pleasure.
Don’t be afraid. I am here to comfort you. To show you that something so good, must be a God’s blessing. Come closer. I will bite you, softly, tenderly. Are you afraid that you might like it? You are right! You will like it, I promise you that.
Undress yourself! Why? Because I’m asking. You want it. I want it. Isn’t that enough for you? Do you want promises? I promise hell for the next hours, and heaven for a few minutes. And earth for the rest of the day.
You will be breathless during the act, and you will beg me to stay that way, for eternity! Even if it kills you. Would you rather live a long miseravel life, or die of ecstasy in a few hours? The after death is the prolongation of how you have died!
Now, come! Words are useless after foreplay. Touch my madness and enjoy it.
Eu….

Humildemente confesso que me sinto só. Confesso que me faz falta o carinho de uma mulher, de uma alma para este meu corpo. O terno sussurrar de palavras ao ouvido, uma mordida no lóbulo da orelha, o tocar de corpos nus. Um arrepio que me percorre no espaço e no tempo. Mais do que o desejo carnal, falta-me um sentido na vida, algo para agarrar, que ternamente me segure.

Confesso que choro, os homens também choram, emociono-me com a felicidade genuína dos campeões, dos que vencem as agruras com um sorriso no rosto. Enoja-me a felicidade pré-formatada e projectada, a mesquinhez dos sentimentos forçados que não geram sentimentos.

Confesso que sou ateu. E juro que acredito que Ele existe, sempre que uma mulher bonita cruza a minha miserável existência. Angélicos rostos cheios de inocência e bondade. Arte intocável. Gostaria de as possuir. A todas. Elogio mentalmente a eloquência delas enquanto cobiço as suas ancas, os seios, os lábios macios, o sorriso.

Confesso que apunhalaria pelas costas os meus amigos à 1ª oportunidade, apenas pelo prazer de o fazer. Morreria por eles se tal fosse necessário, mas não sacrificaria os meus princípios. Prometo tudo, e nada faço. Mas quero fazê-lo, mais dia, menos dia. Prometo. Mas não o farei, é inevitável. A frustração toma conta de mim antes da tarefa terminada (?), ou começada.

Confesso que sou egoísta e egocêntrico. Tudo gira à minha volta e para mim, em função dos meus caprichos e das minhas angústias. Tenho o sorriso que ilumina e o olhar que perdoa. A mente que critica ferozmente, a ironia, o sarcasmo, a covardia de atacar por detrás e ser feliz. Sou desejado, e rejeito quem me deseja. Anseio pelo amor e tenho medo dele, fujo das relações amorosas. Cortam-me o pensamento, amarram a criatividade, oferecem-me a angústia da desconfiança em troca de breves prazeres. Fico esquizofrénico quando amo, deprimido porque sozinho.

Confesso que me sinto feliz pela alegria que emana do meu rosto. Sou uma criança num corpo de homem, um corpo com rosto de criança. Quero ser levado a sério! Olhem para além do nariz vermelho, da mascara branca, da peruca. Tenho sentimentos! Quero respeito! Despeitado quando posto de lado, refugio-me quando no centro das atenções. Deixem-me só, no meu canto. Quero paz de espírito, quero viver e deixar morrer, ir para o túmulo em paz. Não quero os holofotes que me perseguem, que persigo, a na penumbra encontro a felicidade.

Confesso que sou um falhado, impotente para mudar o curso da minha vida. Resisto ás agruras, não as venço, contorno-as, desvio-me. Sou um falhado e gosto de o ser, porque não tenho coragem de mudar. Capaz de vencer, mas com medo de o fazer. Tenho medo de falhar. Detesto a rejeição. Como é que alguém pode dizer-me não? Que insolência. Desperdiçam-me. Ajudem-me a afundar ainda mais, num poço escuro longe de todos, cada mais perto da felicidade. Pode ser que morra um dia. Queria morrer em Las Vegas.

Sou todos os vossos pecados e defeitos, sinto todos os vossos sentimentos nobres e verdadeiros. Este sou eu. A minha incoerência reflecte a minha personalidade única.

Sunday, December 14, 2003

a diferença entra a hipocrisia disfarçada e a solidão...

Está no que se diz e no que se cala – e o maior direito adquirido com 25 de Abril, foi o direito a estarmos calados quando bem nos apetece, pena é que haja tanta gente a falar tanto, e a dizer tão pouco. Quando penso no diz-se que foi dito (ou feito) que nos rodeia todos dias, penso se estas pessoas (nas quais me incluo) 1º não tem mais nada que fazer; 2º julgam que tem o direito de julgar 3º será pensam nas consequências que um boato pode trazer – até mesmos mais inofensivos?
Mas não é de boatos que quero falar. Quero é falar daquelas Pessoas (homens e mulheres) que estão sempre apaixonadas! Ou melhor, querem sexo e não tem coragem de o afirmar. OK, não estou à espera que se ponham a berrar nos corredores: mamas, mamas grandes! Eu quero mamã! Dá-me! Ou que no meio de uma conversa se diga: és gira, tu. Queres vir para a cama comigo? Isto seria no mínimo deselegante, e tenho dúvidas se seria a melhor estratégia de engate… mas se quiserem tentar, estejam à vontade. O que a mim me faz confusão são aquelas relações em que é só amor e aí que gosto tanto de ti, apenas com o objectivo de obter SEXO. Sim, há para aí pessoas que se aproveitam do facto de o parceiro(a) estarem genuinamente interessados numa relação estável, fingem reciprocidade e Zás... tá todo lá dentro. Se o eu já o fiz? Bem…. Ainda bem que faz essa questão… pois… tive muita pena (até nem tive) que não se tivesse chegado a acordo em relação à futura constituição europeia.
Eu também gosto de sexo. E numa sociedade como a nossa em que vivemos rodeados de sexo por todo lado, em que algumas pessoas regulam os seus comportamentos em função da maior ou menor probabilidade de o obter, é quase impossível escapar. Por vezes acho que se dá demasiada importância ao assunto (mea culpa, eu estou a escrever acerca disso), e se realmente valerá pena o esforço (horas de sedução, conversas da treta a pensar nas pernas da gaja) apenas para umas horas, ou minutos (héhéhé), de prazer. Mas será apenas para isso? E aqueles grupos de amigos em que a aceitação e o respeito social advém das proezas sexuais (ou psedo-proezas). A aceitação social sempre dependeu de alguns valores (por acaso não me recordo de nenhum valor bom para citar), o que é normal. Mas porquê o sexo? Também há os gajos que conseguem fazer Lisboa-Porto em meia hora, nem para isso tenham de matar uma criancinha pelo caminho (estes pais estúpidos fazem-nos e depois não tomam contam deles, onde já se viu atravessar a passadeira num sitio onde um gajo pode ir a 200 km/h ainda por cima a merda do sangue é vermelho, não podia ser da cor do carro?), ou ainda os grupos, eu trabalho menos e ganho mais, já viste o meu novo BMW? Eu tenho tido a sorte de estar integrado nalguns destes grupos, mas também noutros onde o álcool fala mais alto. Eu não era o que bebia mais! E claro que é sorte, aprende-se muito!
Depois deste desvio (há mais crianças nas estradas nacionais que nas auto-estradas), resta-me dizer que acredito nas relações pessoais baseadas única e exclusivamente no sexo. Nunca se sabe, pode daí surgir uma bela amizade. E o amor… aí é tão bonito (suspiro). Então o que eu gosto daqueles filmes padronizados. Aliás eu só estou sozinho porque estou à espera da minha Cameron, que há-de chegar num dia de nevoeiro (opsss, esse é o D. Sebastião)
Isto tudo porquê? Bem um gajo tem de deitar as culpas nalguma coisa quando não tem namorada, afinal sou tuga, e alguém (que não eu) tem a culpa desta situação. Além disso, faz confusão como numa sociedade tão “liberal” ainda subsistam valores tão fundamentais como a dissimulação, o boato, a falsidade de sentimentos, etc….
A solução? Bom se eu tivesse a solução para mudar comportamentos seria deportado, e cada um é livre de fazer o que bem entende. O PROBLEMA é quando temos de assumir responsabilidades por alguns dos nossos actos.
Bem vou deixar-vos em paz, tenho uma vida inteirinha para continuar a ser F.D.P.

Friday, December 12, 2003

todos os Homens nascem livres e iguais em direito...

esta frase, base da civilização e democracia moderna (ocidental) peca por 2 erros:
1º ninguém nasce verdadeiramente livre;
2º apesar de os nossos direitos (legais) serem iguais após o nascimento, a verdade é que ninguém nasce igual de direitos (de facto).

de forma simples, que mais tarde explicarei, quando nascemos tornamo-nos reféns de uma série de códigos de conduta moral e/ou social que nos são impostos quer pelos responsáveis directos pela nossa educação (pais e familia próxima), quer por aqueles que nos rodeiam durante o nosso desenvolvimento. Sendo assim, quando começamos a reflectir sobre o nosso carácter e personalidade (assumindo que alguns de os fizeram) ao invés de já estamos influenciados pelos códigos dos que nós rodeiam.

Por outro lado, e evitando falar das capacidades fisicas e intelectuais com que todos nascemos, o berço (capacidade financeira e/ou social e/ou intelectual) dos pais, marca desde logo a diferença entre a criança que ao querer saber mais opta por ir á biblioteca do pai tirar um qualquer livro clássico, e a que se limita a ver uns quantos documentários na TV, ou dar-se ao trabalho de ir requesitar livros a uma biblioteca. E assumindo que EXISTE uma biblioteca perto de si (benditas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), esta criança terá de selecionar cuiadosamente qual o livro que quer ler, ter a sorte de estar disponível, e lê-lo a tempo de o devolver.

Para além de desenvolver mais em profundidade este tema, prometo que falarei (para aqules que visitam este blog, para além de mim e dos meus alter-egos) acerca do sindrome dos ex-namorados e se as fardas realmente servem como agente para diluir as personalidades!

adiós,
Boabdil al-Zogoiby

Wednesday, December 10, 2003

Mensagem de Natal

Pois é ... chegou o Natal, aquela altura do ano em celebramos o nascimento do... pois...do...ahh!!! do PAI NATAL, aquele da coca-cola, não é?!?!? O quÊ?!?! Vocês estão-me a dizer que afinal quem nasceu foi Jesus? o primeiro socialista utópico (comuna) da história... sim porque ele nunca me enganou com aquela estória dos ricos repartirem os bens com os pobres. Então é por isso que nesta época a malta vai cheia de vontade aos supermercados e shoppings (centros comerciais) do Belmiro de Azevedo.

Então, mas esse jesus não foi, pelo menos para uns quantos, o fundador de uma religião? então os ateus e agnósticos não festejam o natal?! Ahhh... está bem, como uma boa parte deles é de esquerda, então festejam o nascimento de jesus, o político... apesar de tentarem ignorar a sua mensagem política.

Agora que me lembro, as pessoas não costumam ter férias no Natal, uma festa religiosa relembro, para celebrar o Nascimento de Jesus Cristo, o profeta e filho de Deus (?), num qualquer serviço religioso perto de si???? E quantos celebram???? proponho que se a malta não vai à missa do galo então, e para ajudar o governo nesta época de produtividade baixa, os não-praticantes (?) não deviam ter férias!!!!

Esta mensagem está um caos, mas apenas serve para vos lembrar que nesta época de paz e amor, cheia de neve e renas, num quadro tão tipicamente latino, vem ao de cima a hipocrisia que vivia recalcada em todos nós durante um ano inteirinho. Lá porque eu acho tudo isto do natal, não deixo de querer que vocês todos, de quem eu gosto muito (sem ironias) passem umas férias óptimas da companhia de quem mais quiserem e fiquem cheios de energias para mais um ano de trabalho....

Tuesday, December 09, 2003

Porque é que eu estou a tentar escrever esta merda??

Tenho agora a mania que sou o futuro prémio nobel da literatura é?! Ou esta será a única forma que encontro de carpir as minhas mágoas amorosas que já duram há tanto tempo como este governo - embora a única coisa em comum entre a minha Depressão e o governo seja a duração- e já estamos novamente em altura de eleições, é que, mesmo para um maníaco depressivo como eu me considero, já estou a abusar.

Pensava eu que a vida era uma maravilha, saia com umas miúdas, mandava umas fodas, por vezes fazíamos sexo, bebia uns copos (muitos) com os amigos (poucos que é coisa que interessa ter em qualidade e não em quantidade) e o melhor de tudo é que nunca, em quase um quinto de século de vida, nunca me tinha apaixonado - como era feliz. Desenganem-se vós tolos de espirito que pensam que o amor é o melhor que esta triste e volátil existência pode ter. Pensem bem, conhecemos alguém, admitindo que é possível conhecer verdadeiramente alguém, conversamos temos, ou não, alguns pontos em comum, talvez consigamos até manter uma conversa por mais de 5 minutos sem estarmos logo a pensar - "a gaja é chata, mas tem cá um corpo. Dava-lhe umas voltas".

Tantos rodeios para tentar expurgar alguns pecados meus e muitos da humanidade. Humanidade!? Será do sexo feminino? Se for é puta de certeza, já fodeu tanta gente e quase sempre por ganância (não confundir as "mulheres" que usam ao corpo com uma determinada finalidade com aquelas que o fazem com o único intuito de tirar - e dar - prazer. Abençoadas essas que tornam cada momento único, cada olhar um arrepio capaz de fazer tremer o mais insensível dos homens e em cada beijo fazem-nos não desejar o próximo, mas que este não acabe.

Sinto-me frágil. Como uma qualquer cria abandonada á nascença por ser mais fraca. Preciso de alguém, preciso urgentemente de amar, de encontrar quem me ouça, quero falar. Estou farto de estar calado por opção, quero optar por falar, será que ainda sei falar? Será que ainda sou capaz de me fazer entender. Não... merda, preciso de alguém para ser meu interprete, que me guie por este mundo. Oh.. que me guie por entre o seu corpo, uma mulher de corpo inteiro não apenas uma boneca, se os olhos também comem, os olhos da minha alma, do meu pensamento estão esfomeados, anseiam os meus sentidos por novas ou velhas sensações, mas sentir é, foi, tão bom...

Um beijo, longo penetrante, de raiva, com sentimento, com paixão, com tudo o que ainda não senti, com o que quero, falta-me experimentar, amar, viagem arriscada por entre o corpo de uma mulher, que acaricia a cabeça, o pensamento, as emoções, massaja-me o espirito, queria entrar mais fundo na tua alma, não quero sobreviver boiando inutilmente á tona de um oceano de descobertas, afundar-me, engolir cada gole disponível, todos os goles de agua salgada, salobra, poluída, não faz mal, até me doer a garganta, a dor também é prazer, apanhar ar e voltar de novo, o sofrimento será sempre maior após o descanso do corpo.

O pensamento não pode descansar, não pode existir, a sua ausência é única condição para minha felicidade.. só minha felicidade interessa, a tua tê-la-ás de cada vez que olhares para mim e conseguires ver a minha alma, as minhas sensações, sempre que eu, vulnerável, me entregar nos teus braços, um doce limbo, eu em coma e tu sussurrando-me ao ouvido, não interessa o quê, não ouvirei, apenas sentirei um doce sopro de vida lembrando-me a minha morte...

Morri, quero morrer, mas não vou sozinho, vai toda a humanidade comigo, reles experiência de deus, maldita desde a hora que nasceu feita para sofrer e gostar disso, fazer sofrer e sentir que ainda não foi bondosa o suficiente, fazer sofrer para dar esmola e encher o ego, até rebentar numa explosão asquerosa de excrementos de sentimentos sujos, abomináveis. Morram filho da puta, morram dentro dos vossos carros, dos vossos fatos, empalados nas vossa cadeiras de poder, enrabados pela vossas maquinas, devoradoras das entranhas da terra, ela que vos deu tudo... só não vós deu inteligência seus estúpidos cabeças ungidas á nascença pela estupidez.

Será que estou louco, demente, cego, não há ninguém que se aperceba que caminhamos para um abismo, nem este existe caminhamos sem sentido embriagados pelo poder.

Ajudem-me, sinto tudo dentro de mim , sou um hipócrita, racista, xenófobo, detesto todos os que pensam diferente, mas compreendo-os e perdoo-os a todos, perdoem-me. Matem-me, destruam o meu ser o meu pensamento o meu existir, varram deste mundo os átomos da minha existência.

Uma mulher.. que acaricie, um orgasmo, sensação terrível, queria ter orgasmos para o resto da minha estúpida vida, mergulhar num torpor de sexo e luxúria, seguir apenas o livro do corpo, sem cérebro. Deixa-me! Não atrapalhas-te já o suficiente? Queres mais? Tornar-me num autómato, pragmático, responsável, directo, cientifico, um aborto informático criado por um qualquer programador desvairado, sexualmente invertido e deprimido com medo do tamanho do seu sexo, satisfazendo-se á socapa enquanto esmaga os pequenos insectos a que alguns chamaram um dia subalternos, deitando-lhes para cima o sémen apodrecido, gerador de outros fracassos num circulo vicioso e viciante como as maquinas que criaram, que apodreceram e entorpeceram os nossos cérebros.
Quero amar, sentir, dar-me por completo, sem restrições, sem limites, sem contrapartidas, sem receios, sem nada. Apenas amar e ser amado por alguém que compreenda esta mente tortuosa, maléfica e masoquista. Existirá alguém capaz de transformar um excremento numa flor?
Foda-se, não quero pensar dá dores, quero a demência absoluta. Sou um egocêntrico recalcado, acusador dos meus iguais, um pulha.

o meu alter ego - Boabdil al-Zogoiby
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