Monday, June 14, 2004

Boa noite. Posso pagar-lhe uma bebida?

“Talvez.”

Talvez!? Não percebo.

“Tenho de listar os seus possiveis e prováveis atributos antes de tomar uma decisão. Não é alto e espadaúdo; tem olhos e cabelo castanhos do mais banal que há; não parece ser rico; deixe-me ver mais uma coisa...”
(nisto a rapariga começa a vasculhar entre as minhas virilhas, ao que eu respondo com uma, mais sonora que dorida, estalada)
“Você bateu-me!?!? Numa mulher?!?”

E a menina teve da minha parte algum sinal de aprovação para me apalpar de forma indecorosa? Que faria na situação inversa? Ou pensa que não me passou pela cabeça certificar-me se esses seios são todos seus ou em parceria com a Triumph? Não seria eu logo apelidado de troglodita e grunho, com um processo por assédio sexual, ou tentativa de violação? Eu exijo ser tratado com o mesmo respeito com a tratei!

“Piorou! È inteligente. E não é a reencarnação do John Holmes. Isto não abona nada a seu favor. O engate está mais longe de ser concretizado... pelo menos por si! E as mulheres são para ser protegidas, e se eu o quiser apalpar não tem mais senão aceitar o seu destino, e qual animal com cio, babar-se e obedecer a todos os meus pedidos. Não renegue a sua natureza!"

A minha ou aquela que me quer impigir? Ainda deve acreditar no coelhinho da páscoa.

“Por acaso até já fui uma.”

Como?

“Trabalhei na Playboy durante a Páscoa. Nesta altura do ano os cristão, embuídos no espirito da paixão de cristos enlouquecem. Paticam até à exaustam auto-flagelação, com o chicote em riste. Deplorável.”

Lamento de tenha servido de inspiração para a masturbação de outros homens.

"Deixe-se de paternalismo. Foi uma opção minha. Fique com a bebida para si que eu estou à espera do meu principe encantado. Não quero Reis inteligentes."

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