Foda-se! (Voltei a cair na esparrela)
Agora já me lembro porque havia dito não o iria voltar a fazer tão cedo. Está tudo bem, mas...
o tempo começa a escassear, depois é o pensamento que vagueia. Ao princípio é bom. Tenho a cabeça, limpa, não penso nas coisas más, não me preocupo em demasiada com a minha “carreira”. Mas depois... passo a ter o pensamento ocupado só com isso. Não sobra espaço para mais nada. È o stresse de não querer fazer nada errado, mas não querer fingir quando algo está mal.
Lembras-te quando tudo começou? Bem disseste: “Desta vez vai ser diferente! Vou gerir as coisas à minha maneira. Vou ser como uma filial bancária: dependente do Banco central mas com reservas próprias.” E agora? Não passas de um vazio. Pior! O vazio era o que querias, mas agora estás preenchido com coisas irrelevantes. Pensamentos fúteis e vagos.
“Desta vez vou confiar totalmente. Eu agora já estou diferente. Já distingo o essencial do acessório. Estou mais maduro e forte. E bem, a confiança é tudo!” E a esquizofrenia onde está? Pensas que é só tomar uns comprimidos, umas doses de quando em vez e pensar que tudo está bem? Já ouviste falar em dessensibilização? Não achas melhor aumentar a dose? E quanto maior o sentimento de privação melhor saberá a próxima dose. È isso que prende não é? A próxima dose?
“A alegria que encontro em 7 minutos durante o dia é a anfetamina que me mantém coeso” Mas antecipas e deseja com ânsia ficar mais 2, 3 horas a consumir a dose descansado. E quando te apercebes que só o abismo te resta, resistes, entras em negação como o último suspiro de um moribundo... o mais forte de todos.
Sabes que mais... com todas as tuas fraquezas e defeitos, tens noção da realidade, mesmo que não tenhas forças para a alterar. E a tua angústia é compreensível. para quê estar com alguém, se não podemos usufruir de tudo o que ela nos pode oferecer?
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