E tu? oh Ofiusa* tão maltratada pelos que em ti habitam? Será o teu destino cruel seres uma bela Nubente sempre prometida, mas nunca entregue?
Andarão para sempre os teus habitantes a usufruir da tua beleza, mas nunca dispostos a finalmente assumirem-se como homens, tomar-te a mão e a cuidar de ti?
Por mais belo que seja um jardim, inspirador das mais belas estrofes, por mais vida que nele haja, este só resistirá se as plantas forem regadas, tratadas, acarinhadas como só algo que é de todos e de ninguém o poderá ser. Não podemos ficar eternamente á espera que chova!
Apenas verdadeiros Homens, e não meros portadores de pénis, poderão reconhecer e aceitar que Ofiusa é mais que algo físico. É uma ideia que de todos onde o ciúme não tem lugar, sob pena de destruirmos algo que sendo de todos, nos é superior.
Para Ofiusa são precisos Homens, mas estes teimam em largar o egocentrismo e a irresponsabilidade das crianças. Larguem as saias da mãe sob pena de uma dia acordarem no caixão e finalmente pertenceram a Ofiusa... ao serem enterrados nela e com ela.
*nome dado na antiguidade ao território português.
Thursday, October 30, 2008
Thursday, October 09, 2008
Cypriot meal
Today I ate a Cypriot meal:
Turkish Iskender kebab accompanied by a Greek salad.
I feel like being part of the United Nations, except that I have actually unite something.
Turkish Iskender kebab accompanied by a Greek salad.
I feel like being part of the United Nations, except that I have actually unite something.
Monday, October 06, 2008
The Hell of Absent-mindedness
I needed to buy some DVD to back-up some data urgently. Went to the supermarket and started choosing. I am ready to take them to the cashier, but then I saw the brand I like and a 25 DVD cake-box. Nice!
Started burning the data, when Nero in a imperial voice tells me, "if you really want to burn this data, you better get some DVDs or perform a miracle and turn this CD in a DVD".
Hell:
Going in a hurry to the student union shop to get some DVDs. Wait in the back of line as long as the number of Banks begging for money to the Government, whilst listening to a techno-version of Toni Braxton's "Unbreak My Heart". As if the original song is not bad enough.
Started burning the data, when Nero in a imperial voice tells me, "if you really want to burn this data, you better get some DVDs or perform a miracle and turn this CD in a DVD".
Hell:
Going in a hurry to the student union shop to get some DVDs. Wait in the back of line as long as the number of Banks begging for money to the Government, whilst listening to a techno-version of Toni Braxton's "Unbreak My Heart". As if the original song is not bad enough.
Thursday, September 11, 2008
Words don't come easy....
I am interested in words, particularly in the misuse of words. I am also interested in humans and their quirks. Mix the two and I can safely say that I am passionate about how humans misuse words.
Brits mock US Americans for the their misuse of Awesome. And it is easy to see why. Some people find a red designer shirt or a line of C++ code Awesome. For those who don't know what Awesome means: "Inspiring awe, admiration or wonder" and Awe is "An overwhelming feeling of wonder or admiration". I don't think I have ever felt awe, and never after looking at new mobile phone.
But Brits have their own word sins. Apparently they are quite Passionate (Having or expressing strong emotions). And passionate about everything: work, sausages, East Midlands, fruit, kids (dodgy), etc....
But I live in Britain and can safely say that Brits are almost as passionate as a Lettuce. Do they even know what passion is? The example that springs to mind when the word passion is uttered, are the Russian Characters of Dostoevsky novels. That is passion! Strong temporary insanity.
I could tell you that Brits, specially politicians, are committed to... everything really. I have seen one trying to hit cars, the evil, because he was so committed to saving the planet. He is now committed to improving the NHS.
But my fellow countrymen are not without sin in this matter. They tend to use variants of "seriously" and "honestly" at the end of their statements. Makes me wonder whether they are lying all other times and doubt their intentions when they try so strongly to convince me of the "truth".
But tell you the truth, I am a cynic. Honestly!
Brits mock US Americans for the their misuse of Awesome. And it is easy to see why. Some people find a red designer shirt or a line of C++ code Awesome. For those who don't know what Awesome means: "Inspiring awe, admiration or wonder" and Awe is "An overwhelming feeling of wonder or admiration". I don't think I have ever felt awe, and never after looking at new mobile phone.
But Brits have their own word sins. Apparently they are quite Passionate (Having or expressing strong emotions). And passionate about everything: work, sausages, East Midlands, fruit, kids (dodgy), etc....
But I live in Britain and can safely say that Brits are almost as passionate as a Lettuce. Do they even know what passion is? The example that springs to mind when the word passion is uttered, are the Russian Characters of Dostoevsky novels. That is passion! Strong temporary insanity.
I could tell you that Brits, specially politicians, are committed to... everything really. I have seen one trying to hit cars, the evil, because he was so committed to saving the planet. He is now committed to improving the NHS.
But my fellow countrymen are not without sin in this matter. They tend to use variants of "seriously" and "honestly" at the end of their statements. Makes me wonder whether they are lying all other times and doubt their intentions when they try so strongly to convince me of the "truth".
But tell you the truth, I am a cynic. Honestly!
Wednesday, August 13, 2008
Os meus pecados sociais
Fui ao centro comercial. Nada de mais banal e de mais fútil. Tenho um telemóvel novo e quero um cabo para passar músicas do PC que possam servir de toque. Os réis também são fúteis.
Tiro a senha de vez (uma das melhores invenções a seguir ao dinamite), e fico na fila à espera da minha vez. Para entreter o tempo, tento caracterizar cada um dos que estão a atender. Rapazes e raparigas relativamente novos, 6 no total, todos bem embrulhadinhos nos seus uniformes que para os homens são umas camisas de azul mortiço, e para as mulheres umas camisas vermelho vivo estampadas com o logótipo da empresas. Quatro atendiam os clientes, embora a definição de cliente aqui esteja mal empregue, pois só serei cliente após uma compra... não será assim? Outro está a tirar faxes e fotocópias. Mas aquela que me prende a atenção está simplesmente sentada no tampo de um pequeno bacão na parte de trás da loja. Não sei se que o me prende o olhar é facto de estar vestido com uma camisa-uniforme diferente, se é o facto de estar ali ocupadíssima a abanar as pernas e a olhar o vazio ou por rosto delo me ser vagamente familiar.
Chega finalmente a minha vez, como tinha alguma pressa já tinha pensado na forma de formular a pergunta (estou sempre com pressa de sair de grandes superfícies comerciais, sufocam-me. Não pelo por ser um marxista-leninista devoto, mas porque não gosto de ajuntamentos de pessoas, sinto que me roubam o ar... todas aquelas luzes confusão de sons, são demasiados estímulos para o meu cérebro. Sinto que não estou a ali).
Quando me aproximo do balcão, aqueles olhos fixam-me, e dos lábios brota um banalíssimo “olá! Tudo bem?” Quase sem entoação, mecânico. Reconhecia-a. Recompus-me, abanei a cabeça e disse olá. Fiz a pergunta o mais rapidamente possível (não tinham o que procurava) balbuciei um “tudo bem contigo?” e saí o mais rapidamente possível dali.
Não sei porque agi desta forma. Como se tivesse vergonha dela. Na verdade fiquei surpreendido por a encontrar naquela situação. sabia que estuda uma licenciatura qualquer de ensino, e surpreendeu-me um pouco que estivesse num domingo á tarde numa loja daquelas. Estava mais velha do que nem recordava. Já não era aquela miúda de 15 anos que conheci quando era escuteira. Que se sentava em frente mim e se entretinha a cruzar e descruzar as pernas vestida com uma daquelas saias-uniforme dos escuteiros. Nunca fora extraordinariamente bonita, mas aquele acto encerrava em si toda a sensualidade dum acto rebelde de adolescência. (entendamo-nos... eu tinha apenas 17 anos e nunca lhe toquei – infelizmente!). A idade alterou-lhe os traços do rosto, daí não ter reconhecido. Acentou-lhe os piores tracos do rosto. Tornou-se uma mulher como tantas outras, vulgar, monótona, com o charme e o magnetismo de um tupperware. Quanto a mim o tempo apenas me deu mais idade.
Na verdade a minha fuga não foi dela. Foi de mim próprio. De ver reconhecido ali o meu fantasma do tempo passado. De uma idade que eu era ingénuo e (quase) inocente com uma agravante: tinha a veleidade de me julgar esperto.
Tiro a senha de vez (uma das melhores invenções a seguir ao dinamite), e fico na fila à espera da minha vez. Para entreter o tempo, tento caracterizar cada um dos que estão a atender. Rapazes e raparigas relativamente novos, 6 no total, todos bem embrulhadinhos nos seus uniformes que para os homens são umas camisas de azul mortiço, e para as mulheres umas camisas vermelho vivo estampadas com o logótipo da empresas. Quatro atendiam os clientes, embora a definição de cliente aqui esteja mal empregue, pois só serei cliente após uma compra... não será assim? Outro está a tirar faxes e fotocópias. Mas aquela que me prende a atenção está simplesmente sentada no tampo de um pequeno bacão na parte de trás da loja. Não sei se que o me prende o olhar é facto de estar vestido com uma camisa-uniforme diferente, se é o facto de estar ali ocupadíssima a abanar as pernas e a olhar o vazio ou por rosto delo me ser vagamente familiar.
Chega finalmente a minha vez, como tinha alguma pressa já tinha pensado na forma de formular a pergunta (estou sempre com pressa de sair de grandes superfícies comerciais, sufocam-me. Não pelo por ser um marxista-leninista devoto, mas porque não gosto de ajuntamentos de pessoas, sinto que me roubam o ar... todas aquelas luzes confusão de sons, são demasiados estímulos para o meu cérebro. Sinto que não estou a ali).
Quando me aproximo do balcão, aqueles olhos fixam-me, e dos lábios brota um banalíssimo “olá! Tudo bem?” Quase sem entoação, mecânico. Reconhecia-a. Recompus-me, abanei a cabeça e disse olá. Fiz a pergunta o mais rapidamente possível (não tinham o que procurava) balbuciei um “tudo bem contigo?” e saí o mais rapidamente possível dali.
Não sei porque agi desta forma. Como se tivesse vergonha dela. Na verdade fiquei surpreendido por a encontrar naquela situação. sabia que estuda uma licenciatura qualquer de ensino, e surpreendeu-me um pouco que estivesse num domingo á tarde numa loja daquelas. Estava mais velha do que nem recordava. Já não era aquela miúda de 15 anos que conheci quando era escuteira. Que se sentava em frente mim e se entretinha a cruzar e descruzar as pernas vestida com uma daquelas saias-uniforme dos escuteiros. Nunca fora extraordinariamente bonita, mas aquele acto encerrava em si toda a sensualidade dum acto rebelde de adolescência. (entendamo-nos... eu tinha apenas 17 anos e nunca lhe toquei – infelizmente!). A idade alterou-lhe os traços do rosto, daí não ter reconhecido. Acentou-lhe os piores tracos do rosto. Tornou-se uma mulher como tantas outras, vulgar, monótona, com o charme e o magnetismo de um tupperware. Quanto a mim o tempo apenas me deu mais idade.
Na verdade a minha fuga não foi dela. Foi de mim próprio. De ver reconhecido ali o meu fantasma do tempo passado. De uma idade que eu era ingénuo e (quase) inocente com uma agravante: tinha a veleidade de me julgar esperto.
Monday, August 04, 2008
The Meaning of Freedom
Being a Renascence Man, I try to enlighten myself in every possible way. So besides being fluent in several languages, working in science, having a blog, being a musical snob, I am also a Bartender.
While learning how to mix Margaritas and Menstruated Maries, my teatcher explained to me what freedom is:
"When people walk in a Bar you should be able to serve whathever they choose to drink"
Anything?
"Yes. If they want a glass of piss, you warn them about the dangers, price it and serve the piss to the costumer."
That sums up freedom.
While learning how to mix Margaritas and Menstruated Maries, my teatcher explained to me what freedom is:
"When people walk in a Bar you should be able to serve whathever they choose to drink"
Anything?
"Yes. If they want a glass of piss, you warn them about the dangers, price it and serve the piss to the costumer."
That sums up freedom.
Thursday, June 05, 2008
Desafio
O meu Camarada D-Holbster desafiou-me para escrever mais neste espaço e de seguida pede aos leitores dele para lhe explicarem porque é que o formato paperback nunca arrancou em Portugal. Vou então chacinar dois transeuntes com uma bomba.
Eu comprei recentemente, ou seja da ultima vez que estive na Lusitânia, um livro na FNAC por uns 5 euros... do António Lobo Antunes, Memória de Elefante (muito bom e estranho). E havia mais autores á escolha... por isso ainda há esperança para este formato em Portugal.
Mas há uma razão óbvia para explicar a falha de vendas desse formato: não há muito gente a ler, logo qualquer formato falha. Mas gostaria de analisar porque se vendem muitos paperback noutros países nomeadamente na velha Albion.
Na minha opiniao a razão prende-se com o "género" de livros que vendem muito: biografias de jogadores da bola/cricket rugby/pseudo-celebridades em geral, livros Dan Brown-ish, etc. Ora esses sao os que vendem muito. Coisinhas leves para as viagens de comboio/avião - com as restrições nas bagagens um destes vamos ter de carregar os livros nalgum orifício á la Papillon. Estes livrinhos que se leiem de uma penada e nao pesam nem na bagagem como referido, nem na cabeça (a nao ser que seja lido por um jogadore da bola/cricket/rugby/pseudo-celebridade). Chega-se ao trabalho e já se esqueceu o que se leu há 5 minutos atrás.
Cá vai uma lista dos paperback mais vendidos no UK nas categorias de ficção e não-ficção, e diz-me se comprarias algum caro Barão?
Também já comprei livros de autores consagrados por 2 - 5libras (3 - 7 euros). Mas estes livros sao baratos porque existem os outros para dar lucro ás editoras. Volta-se á velha questão, porque é que há tão pouca gente a ler em Portugal?
Eu comprei recentemente, ou seja da ultima vez que estive na Lusitânia, um livro na FNAC por uns 5 euros... do António Lobo Antunes, Memória de Elefante (muito bom e estranho). E havia mais autores á escolha... por isso ainda há esperança para este formato em Portugal.
Mas há uma razão óbvia para explicar a falha de vendas desse formato: não há muito gente a ler, logo qualquer formato falha. Mas gostaria de analisar porque se vendem muitos paperback noutros países nomeadamente na velha Albion.
Na minha opiniao a razão prende-se com o "género" de livros que vendem muito: biografias de jogadores da bola/cricket rugby/pseudo-celebridades em geral, livros Dan Brown-ish, etc. Ora esses sao os que vendem muito. Coisinhas leves para as viagens de comboio/avião - com as restrições nas bagagens um destes vamos ter de carregar os livros nalgum orifício á la Papillon. Estes livrinhos que se leiem de uma penada e nao pesam nem na bagagem como referido, nem na cabeça (a nao ser que seja lido por um jogadore da bola/cricket/rugby/pseudo-celebridade). Chega-se ao trabalho e já se esqueceu o que se leu há 5 minutos atrás.
Cá vai uma lista dos paperback mais vendidos no UK nas categorias de ficção e não-ficção, e diz-me se comprarias algum caro Barão?
Também já comprei livros de autores consagrados por 2 - 5libras (3 - 7 euros). Mas estes livros sao baratos porque existem os outros para dar lucro ás editoras. Volta-se á velha questão, porque é que há tão pouca gente a ler em Portugal?
Wednesday, April 16, 2008
Alzheimer Disease
Just read this article and it seems that heavy drinkers and smokers suffer from Alzheimer disease (AD) earlier in life. That is, if they survive until they are 60 or 70. And if they do, that is the least concern they have. They probably lost a liver due to cirrhosis , can't climb stairs and gone trough chemotherapy... and it seems like that has a few minor side effects like sickness, diarrhoea and hair loss - to name a few. I think they can handle not knowing what the have eaten at lunch.
What could be a problem is not remembering all those drunkard stories to tell their mates in the nursing home. After spending so much time trying to promote themselves in the social environment's by drinking senseless being unable to boast about past vomiting episodes must the emotionally distressing.
Another potential concern is smoking and suddenly realize that there is no pleasure in it. Hell! Why am I doing this? there is smoke coming out of my mouth... it burns in my lungs (do I have lungs?)! Oh no.... there is something burning in my hands... panic alarm... throw it away... oh no, I am in bed... oh no... the bed is burning... and I am an invalid...
Let's say that at the end of this story, insurance companies will not be happy.
A pearl from the piece: "It has been projected that a delay in the onset of the disease by five years would lead to a nearly 50 per cent reduction in the total number of Alzheimer’s cases". They also mention that all the subjects were at least 60 years old. Of course there is a reduction in the number of cases. 50% of the subjects probably died before developing the disease.
My suggestion to avoid Alzheimer is: don't age.
What could be a problem is not remembering all those drunkard stories to tell their mates in the nursing home. After spending so much time trying to promote themselves in the social environment's by drinking senseless being unable to boast about past vomiting episodes must the emotionally distressing.
Another potential concern is smoking and suddenly realize that there is no pleasure in it. Hell! Why am I doing this? there is smoke coming out of my mouth... it burns in my lungs (do I have lungs?)! Oh no.... there is something burning in my hands... panic alarm... throw it away... oh no, I am in bed... oh no... the bed is burning... and I am an invalid...
Let's say that at the end of this story, insurance companies will not be happy.
A pearl from the piece: "It has been projected that a delay in the onset of the disease by five years would lead to a nearly 50 per cent reduction in the total number of Alzheimer’s cases". They also mention that all the subjects were at least 60 years old. Of course there is a reduction in the number of cases. 50% of the subjects probably died before developing the disease.
My suggestion to avoid Alzheimer is: don't age.
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