2005
GET MILES, Gomez
I love the silence but this silence killing me
Sitting here in silence, man I don't get no peace
The wave upon my shore take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head out towards the sea
Jump off this island gonna head out towards the sea
I love this city man but this city's killing me
Sitting here in all this noise man I don't get no peace
The cars below my street take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head out towards the sea
Gonna leave this city gonna head out towards the sea
Get miles away, get miles away, get miles away
Get miles
I love this planet but this planet's killin' me
Sitting here in all this grass man I don't get no weed
The sweat comin' from my pores take me away piece by piece
Gonna leave everything I know gonna head to the galaxy
Gonna leave this planet man gonna head to the galaxy
Get miles away, get miles away, get miles away, get miles away,
get miles away, get miles away, get miles away
Get miles
Thursday, December 30, 2004
Friday, December 24, 2004
A minha mensagem de Natal
Para começar devo fazer aqui um acto de contrição, e repudiar publicamente o que escrevi antes acerca do Natal (10 e 24 de Dezembro 2003). A minha alma andava por essa altura dilacerada pelas paredes que desabavam em meu redor, não havia de me atingirem. O natal é na realidade uma época festiva e bonita. Uma época de união.
Passo na rua e que vejo eu num feriado solarengo: ricos e pobres a caminharem lado a lado, pensativos na forma de como usar o dinheiro das instituições Bancárias. Nada preocupados. Sorridentes, bem-dispostos que a vida são 2 dias: a véspera de Natal e a noite de passagem de ano. E os filhos de braço dado com os pais, sapato de vela herdado geneticamente.
Artistas consagrados, alguns a caminho do seu 2º álbum, a actuarem de borla para dar alguma alegria aos que sofrem nos nossos hospitais. Devo dizer que compreendo por razões puramente artísticas, algumas cantoras usem roupas curtas e coladas ao corpo. Certamente, que será com a melhor intenção, e na arte tudo é permitido, mas seria bom que elas pensassem que alguns dos internados sofrem de cancro da próstata, e numa altura que vão perder parcialmente os órgãos genitais, é quase sádico que tenham de se sujeitar a ver mulheres semi-nuas. Fica o reparo para “natais dos centro de saúde” futuros. A organização destes eventos magníficos fica ao cargo de estações televisivas apostadas em dar a conhecer o que de melhor se faz por cá (em Portugal) para bem da nossa cultura. Isto sim é serviço público!
E mesmo em recessão é bom de notar que perdura o espírito natalício nas empresas e locais de trabalho. Subordinados, que ainda não sabem o significado de downsizing e layoff, oferecem prendas aos superiores. Estes, aceitam as prendas a contra-gosto, e apenas para não fazerem a desfeita aos seus inferiores em ordenado, que isto de viver em sociedade obrigada a estes sacrifícios.
Eu agora já gosto do Natal e do Pai Natal, das decorações kitsch e da música do Kenny G. (será que ele é parente dum tal de ponto G?). Dos e-mails pirosos de natal e das mensagens padronizadas. Tudo isto é Natal! Que o Natal dure por muitos e bons anos!
Para começar devo fazer aqui um acto de contrição, e repudiar publicamente o que escrevi antes acerca do Natal (10 e 24 de Dezembro 2003). A minha alma andava por essa altura dilacerada pelas paredes que desabavam em meu redor, não havia de me atingirem. O natal é na realidade uma época festiva e bonita. Uma época de união.
Passo na rua e que vejo eu num feriado solarengo: ricos e pobres a caminharem lado a lado, pensativos na forma de como usar o dinheiro das instituições Bancárias. Nada preocupados. Sorridentes, bem-dispostos que a vida são 2 dias: a véspera de Natal e a noite de passagem de ano. E os filhos de braço dado com os pais, sapato de vela herdado geneticamente.
Artistas consagrados, alguns a caminho do seu 2º álbum, a actuarem de borla para dar alguma alegria aos que sofrem nos nossos hospitais. Devo dizer que compreendo por razões puramente artísticas, algumas cantoras usem roupas curtas e coladas ao corpo. Certamente, que será com a melhor intenção, e na arte tudo é permitido, mas seria bom que elas pensassem que alguns dos internados sofrem de cancro da próstata, e numa altura que vão perder parcialmente os órgãos genitais, é quase sádico que tenham de se sujeitar a ver mulheres semi-nuas. Fica o reparo para “natais dos centro de saúde” futuros. A organização destes eventos magníficos fica ao cargo de estações televisivas apostadas em dar a conhecer o que de melhor se faz por cá (em Portugal) para bem da nossa cultura. Isto sim é serviço público!
E mesmo em recessão é bom de notar que perdura o espírito natalício nas empresas e locais de trabalho. Subordinados, que ainda não sabem o significado de downsizing e layoff, oferecem prendas aos superiores. Estes, aceitam as prendas a contra-gosto, e apenas para não fazerem a desfeita aos seus inferiores em ordenado, que isto de viver em sociedade obrigada a estes sacrifícios.
Eu agora já gosto do Natal e do Pai Natal, das decorações kitsch e da música do Kenny G. (será que ele é parente dum tal de ponto G?). Dos e-mails pirosos de natal e das mensagens padronizadas. Tudo isto é Natal! Que o Natal dure por muitos e bons anos!
Thursday, December 23, 2004
Lingua Portuguesa
“Da mesma forma que uma multidão sem conta de igrejas e mosteiros se espalha, com suas cúpulas domos e cruzes, pela vasta e piedosa Rússia, assim uma multidão sem conta de raças, povos e nações se comprime e agita á superfície da terra. Cada povo possui em si próprio uma reserva de forças, determinadas faculdades criadoras e, particularidades bem definidas e ainda outros dons que Deus lhe deu. Mas de todos esses dons, o que o caracteriza, o distingue e melhor reflecte o seu carácter, é o verbo. A língua inglesa exprime um conhecimento profundo da alma humana e uma judiciosa compreensão da vida; a francesa cintila em clarões efémeros; alemã rumina laboriosamente uma frase profunda cujo sentido escapa a muita gente. Mas não há no mundo palavra tão completa, tão espontânea, tão estuante de vida, como a palavra russa aplicada a preceito.”
Nikolai Gogol, Almas Mortas 1841
E a língua portuguesa? Língua de poetas. Língua do maior de todos os que habitaram a modernidade: Camões!… ou será o Sramago?...hummm… Pessoa foi genial, e a esquizofrenia ficava-lhe bem!
Que língua fascinante é esta que tanto pode cantar as belezas femininas endeusando-as numa cantiga de amigo, e logo de seguida cobri-la de vergonha na praça pública com o escárnio de algumas cantigas. A língua de ridendo castigat mores e do teatro de revista. Nesta língua das frases sussurradas, onde as palavras tem mais do que um significado, e significam sempre o que os outros entendem.
“Vende chouriça?”
“Só se for da grossa! E a menina com esse ar triste está mesmo a precisar dum belo chouriço… não fique chateada! Assédio? Não! Sou apenas um pobre vendedor de enchidos, o mal está todo na sua cabeça, menina. Eu apenas faço propaganda ao meu material.”
Só nesta língua (ou deverei dizer idioma?) os verbos meter, enfiar, enterrar, sugar, lamber, comer, chupar, já para não falar das expressões todo lá dentro, agarra-me aqui, está todo? Preferes com força? Vais por detrás, ou pela frente? E tantas outras têm tantos significados.
Não é só o homem do chouriço que faz jogos de palavras. Todos nós, a começar por mim, fazemos insinuações (acompanhadas de um sorriso matreiro ou uma piscadela de olho) que não passam de filhos bastardos, rejeitados á nascença postos no mundo para todos mas sem ninguém assumir responsabilidades… “Não foi eu que disse, tu é que entendestes dessa forma”. Idioma dos fracos, covardes que não coragem de dizer o que lhes vai na alma, e quando o dizem negam qual criança malcomportada quando parte um vaso.
O português é óptimo para falar, falar e não dizer nada! Usa palavras que nem sabia que existiam se um qualquer político não a tivesse resolvido usar porque a viu num dicionário aberto aleatoriamente. E durante umas semanas anda toda a gente com aquilo na boca… é o contraditório… uma cabala (leiam Richard Zimler se quiserem saber que o é a cabala)… o défice…
Será a língua que define o que somos? Se usamos um idioma dado á covardia e á irresponsabilidade a culpa não é nossa pois não?
“Da mesma forma que uma multidão sem conta de igrejas e mosteiros se espalha, com suas cúpulas domos e cruzes, pela vasta e piedosa Rússia, assim uma multidão sem conta de raças, povos e nações se comprime e agita á superfície da terra. Cada povo possui em si próprio uma reserva de forças, determinadas faculdades criadoras e, particularidades bem definidas e ainda outros dons que Deus lhe deu. Mas de todos esses dons, o que o caracteriza, o distingue e melhor reflecte o seu carácter, é o verbo. A língua inglesa exprime um conhecimento profundo da alma humana e uma judiciosa compreensão da vida; a francesa cintila em clarões efémeros; alemã rumina laboriosamente uma frase profunda cujo sentido escapa a muita gente. Mas não há no mundo palavra tão completa, tão espontânea, tão estuante de vida, como a palavra russa aplicada a preceito.”
Nikolai Gogol, Almas Mortas 1841
E a língua portuguesa? Língua de poetas. Língua do maior de todos os que habitaram a modernidade: Camões!… ou será o Sramago?...hummm… Pessoa foi genial, e a esquizofrenia ficava-lhe bem!
Que língua fascinante é esta que tanto pode cantar as belezas femininas endeusando-as numa cantiga de amigo, e logo de seguida cobri-la de vergonha na praça pública com o escárnio de algumas cantigas. A língua de ridendo castigat mores e do teatro de revista. Nesta língua das frases sussurradas, onde as palavras tem mais do que um significado, e significam sempre o que os outros entendem.
“Vende chouriça?”
“Só se for da grossa! E a menina com esse ar triste está mesmo a precisar dum belo chouriço… não fique chateada! Assédio? Não! Sou apenas um pobre vendedor de enchidos, o mal está todo na sua cabeça, menina. Eu apenas faço propaganda ao meu material.”
Só nesta língua (ou deverei dizer idioma?) os verbos meter, enfiar, enterrar, sugar, lamber, comer, chupar, já para não falar das expressões todo lá dentro, agarra-me aqui, está todo? Preferes com força? Vais por detrás, ou pela frente? E tantas outras têm tantos significados.
Não é só o homem do chouriço que faz jogos de palavras. Todos nós, a começar por mim, fazemos insinuações (acompanhadas de um sorriso matreiro ou uma piscadela de olho) que não passam de filhos bastardos, rejeitados á nascença postos no mundo para todos mas sem ninguém assumir responsabilidades… “Não foi eu que disse, tu é que entendestes dessa forma”. Idioma dos fracos, covardes que não coragem de dizer o que lhes vai na alma, e quando o dizem negam qual criança malcomportada quando parte um vaso.
O português é óptimo para falar, falar e não dizer nada! Usa palavras que nem sabia que existiam se um qualquer político não a tivesse resolvido usar porque a viu num dicionário aberto aleatoriamente. E durante umas semanas anda toda a gente com aquilo na boca… é o contraditório… uma cabala (leiam Richard Zimler se quiserem saber que o é a cabala)… o défice…
Será a língua que define o que somos? Se usamos um idioma dado á covardia e á irresponsabilidade a culpa não é nossa pois não?
Tuesday, December 14, 2004
da Vinci's code - The Book (?)
nota: este texto é uma adapação escrita para uma amiga letã acerca do livro de dan brown. Aproveito este momento agora que o entusiasmo (exagerado) em redor do livro acalmou (andaram a dar valiums?) para escrever a minha opiniãp acerca do livro.
Well, I have read Da Vinci's code, which is a good detective and adventure story, however the author mislead the public about some historic facts (or lack of those).
First, I must state that I am atheist and do not believe in any form of organized religion/cult. Secound, and according to French justice, Le priorat du sion never existed! It was invented by a guy (Pierre Plantard in 1956) who wanted claim the throne of France (?). This man forged documents planted them in the French archives, the police got him and he was convicted.
Well, of course that the Catholic Church is not a saint :-) They have committed several crimes and mislead people for centuries. The selection of the 4 gospels is very dubious, an I wouldn’t be surprise that Christ had a wife and kids during his life (he could also be gay) - José Saramago wrote a novel (The Gospel According to Jesus Christ) were he describes a love relationship between Jesus and Mary Magdalene years before Dan brown - But I have many doubts that Marie Magdalene wrote a gospel. She was a women 2000 years ago (more or less, the monks made mistakes when they defined our calendar), did she had education enough to write?
Talking about women. The Catholic Church relegated women to a secondary place, but did woman in any civilization (western or eastern) had a significant role in society? (e.g. Magdalene itself was Jew and was put a side by her peers – in nowadays orthodox Jews in Jerusalem defend that women should be separated from men in public places) My point: no religion is innocent when it comes to equality among genders, at least in practice.
Fortunately, in our times the role of women’s is starting to become more appreciated, although there are a lot of primate males walking around us. The “religion of mother-goddess” sounds to me very Wicca style, and Wicca is (I believe) from the British islands. Therefore, a link between the end of this cult and inquisition is lacking. Furthermore, the author states that inquisition had the purpose to kill women who were devoted to this cult. My opinion is that the Church wanted to kill anybody (men or women) that questioned their power (Jews were a preferential target). And did this cult survived to centuries of Roman Empire subjugation? The Romans became Christians when the Empery was declining.
Sorry to bore you with my truthful opinion about the book, which is a wonderful entertainment, but the blend of some true facts with hoaxes, and hate to Catholic Church, can blind the reader, and he may accept everything written in the book as a dogma. Of course that my opinion comes from someone who did not studied history, and I would appreciate comments from someone that with more knowledge in these matters. But I give credit to the author, because he turns some scattered historical facts (only part of them at least) to come up with a well-written novel.
nota: este texto é uma adapação escrita para uma amiga letã acerca do livro de dan brown. Aproveito este momento agora que o entusiasmo (exagerado) em redor do livro acalmou (andaram a dar valiums?) para escrever a minha opiniãp acerca do livro.
Well, I have read Da Vinci's code, which is a good detective and adventure story, however the author mislead the public about some historic facts (or lack of those).
First, I must state that I am atheist and do not believe in any form of organized religion/cult. Secound, and according to French justice, Le priorat du sion never existed! It was invented by a guy (Pierre Plantard in 1956) who wanted claim the throne of France (?). This man forged documents planted them in the French archives, the police got him and he was convicted.
Well, of course that the Catholic Church is not a saint :-) They have committed several crimes and mislead people for centuries. The selection of the 4 gospels is very dubious, an I wouldn’t be surprise that Christ had a wife and kids during his life (he could also be gay) - José Saramago wrote a novel (The Gospel According to Jesus Christ) were he describes a love relationship between Jesus and Mary Magdalene years before Dan brown - But I have many doubts that Marie Magdalene wrote a gospel. She was a women 2000 years ago (more or less, the monks made mistakes when they defined our calendar), did she had education enough to write?
Talking about women. The Catholic Church relegated women to a secondary place, but did woman in any civilization (western or eastern) had a significant role in society? (e.g. Magdalene itself was Jew and was put a side by her peers – in nowadays orthodox Jews in Jerusalem defend that women should be separated from men in public places) My point: no religion is innocent when it comes to equality among genders, at least in practice.
Fortunately, in our times the role of women’s is starting to become more appreciated, although there are a lot of primate males walking around us. The “religion of mother-goddess” sounds to me very Wicca style, and Wicca is (I believe) from the British islands. Therefore, a link between the end of this cult and inquisition is lacking. Furthermore, the author states that inquisition had the purpose to kill women who were devoted to this cult. My opinion is that the Church wanted to kill anybody (men or women) that questioned their power (Jews were a preferential target). And did this cult survived to centuries of Roman Empire subjugation? The Romans became Christians when the Empery was declining.
Sorry to bore you with my truthful opinion about the book, which is a wonderful entertainment, but the blend of some true facts with hoaxes, and hate to Catholic Church, can blind the reader, and he may accept everything written in the book as a dogma. Of course that my opinion comes from someone who did not studied history, and I would appreciate comments from someone that with more knowledge in these matters. But I give credit to the author, because he turns some scattered historical facts (only part of them at least) to come up with a well-written novel.
Agricultura de Emoções
Vou contar-vos uma estória de um agricultor. Na verdade ele era professor, mas quando foi ao concurso “A colocação certa”, falhou na última pergunta que o iria colocar em part-time numa aldeia transmontana.“Diga-me lá prof: qual a opção correcta, Portugal é banhado…a) Pelo oceano atlântico;b) Pelo oceano atlântico e pelo mar mediterrâneo;c) Só pelo mar mediterrâneo;d) Estive demasiado preocupado em estudar para os exames para aprender coisas supérfluas.”Pois è, o nosso herói julgava que o mar mediterrâneo também banhava o reino dos al-garves, o que faz sentido pois a água lá é mais quente do que na Póvoa, e não levou para casa o prémio final!! E ao invés de cultivar mentes dedicou-se ao cultivo de plantas. Tornou-se agricultor. Comprou uma casinha, que tinha incluído uma esposa submissa, um jipe, um telemóvel e finalmente um terreno de cultivo. E tudo correu bem, plantou e vendeu umas quantas coisas, quando o tempo estava bom, e quando não estava a culpa era do governo a quem pedia subsídio, que ganhava claro, que pedinchar é melhor que jogar no Euromilhões. Até que um dia começaram a crescer as primeiras ervas daninhas! O agricultor tinha-se esquecido (ou então não lhe apeteceu) de arrancar os rebentos de ervas daninhas que iam surgindo durante cada colheita. Claro que elas se multiplicam como coelhos (sem a parte gira da cópula) e passado algum tempo já impediam as colheitas (que não seriam colhidas) de se desenvolver. E ele medita sobre o assunto. E enquanto medita rebola com a sua agricultora, agora padeira com o forno quente.A situação agrava-se. Chão que dá trigo também dá erva (daninha)! Mas tudo na vida tem uma solução! Deixam-se secar as plantas, daninhas e não colhidas, e queima-se tudo! Onde ardem as ervas também arde o trigo! O melhor disto (logo a seguir á parte de dar pouco trabalho) é que a cinza é um bom alimento para as plantações seguintes. Assim, o dinheiro que se perde numa plantação que não é colheita pois não é colhida (com este jogo de palavras já pareço um filósofo daqueles que mais não fazem que brincar com as palavras, de preferência das difíceis, para que não haja paciência para os ler e compreender e no fim dizer o rei vai vestido de sabedoria da loja dos 300, perdão, 1.50 euro), é recuperado (como se ainda não foi ganho?) nas colheitas futuras!Tudo vai bem neste pequeno reino do ex-professor, perdão, licenciado em qualquer coisa e habilitado a dar aulas (alguns até ensinam!), mas vários ciclos de desleixo e de queimadas tornam a terra infértil (processo designado por lixiviação). A noção de todos os erros cometidos atingem a mente do nosso herói com um axecake… A monção deve ter virado na saída errada de algum cruzamento de correntes…. E rolaram as lágrimas.E foi no meio desta chuva que o nosso herói decidiu o terminar da sua aventura agrícola. Fez as malas, não se esquecendo da sua companheira, e partiu para cidade (donde tinha saído) á procura de uma vida melhor, com acesso ao crédito bancário facilitado, enfim um emprego estável. Ouviu dizer que iam abrir mais hipermercados com vagas para caixa.
Este texto pode parecer estranho, ou não,mas foi uma tentiva de usar o solo e a agricultura como metáfora para as realções amorosas falhadas entre humanos. Ainda preciso de colher mais humanos das arvóre paras escrever melhor sobre eles.
Vou contar-vos uma estória de um agricultor. Na verdade ele era professor, mas quando foi ao concurso “A colocação certa”, falhou na última pergunta que o iria colocar em part-time numa aldeia transmontana.“Diga-me lá prof: qual a opção correcta, Portugal é banhado…a) Pelo oceano atlântico;b) Pelo oceano atlântico e pelo mar mediterrâneo;c) Só pelo mar mediterrâneo;d) Estive demasiado preocupado em estudar para os exames para aprender coisas supérfluas.”Pois è, o nosso herói julgava que o mar mediterrâneo também banhava o reino dos al-garves, o que faz sentido pois a água lá é mais quente do que na Póvoa, e não levou para casa o prémio final!! E ao invés de cultivar mentes dedicou-se ao cultivo de plantas. Tornou-se agricultor. Comprou uma casinha, que tinha incluído uma esposa submissa, um jipe, um telemóvel e finalmente um terreno de cultivo. E tudo correu bem, plantou e vendeu umas quantas coisas, quando o tempo estava bom, e quando não estava a culpa era do governo a quem pedia subsídio, que ganhava claro, que pedinchar é melhor que jogar no Euromilhões. Até que um dia começaram a crescer as primeiras ervas daninhas! O agricultor tinha-se esquecido (ou então não lhe apeteceu) de arrancar os rebentos de ervas daninhas que iam surgindo durante cada colheita. Claro que elas se multiplicam como coelhos (sem a parte gira da cópula) e passado algum tempo já impediam as colheitas (que não seriam colhidas) de se desenvolver. E ele medita sobre o assunto. E enquanto medita rebola com a sua agricultora, agora padeira com o forno quente.A situação agrava-se. Chão que dá trigo também dá erva (daninha)! Mas tudo na vida tem uma solução! Deixam-se secar as plantas, daninhas e não colhidas, e queima-se tudo! Onde ardem as ervas também arde o trigo! O melhor disto (logo a seguir á parte de dar pouco trabalho) é que a cinza é um bom alimento para as plantações seguintes. Assim, o dinheiro que se perde numa plantação que não é colheita pois não é colhida (com este jogo de palavras já pareço um filósofo daqueles que mais não fazem que brincar com as palavras, de preferência das difíceis, para que não haja paciência para os ler e compreender e no fim dizer o rei vai vestido de sabedoria da loja dos 300, perdão, 1.50 euro), é recuperado (como se ainda não foi ganho?) nas colheitas futuras!Tudo vai bem neste pequeno reino do ex-professor, perdão, licenciado em qualquer coisa e habilitado a dar aulas (alguns até ensinam!), mas vários ciclos de desleixo e de queimadas tornam a terra infértil (processo designado por lixiviação). A noção de todos os erros cometidos atingem a mente do nosso herói com um axecake… A monção deve ter virado na saída errada de algum cruzamento de correntes…. E rolaram as lágrimas.E foi no meio desta chuva que o nosso herói decidiu o terminar da sua aventura agrícola. Fez as malas, não se esquecendo da sua companheira, e partiu para cidade (donde tinha saído) á procura de uma vida melhor, com acesso ao crédito bancário facilitado, enfim um emprego estável. Ouviu dizer que iam abrir mais hipermercados com vagas para caixa.
Este texto pode parecer estranho, ou não,mas foi uma tentiva de usar o solo e a agricultura como metáfora para as realções amorosas falhadas entre humanos. Ainda preciso de colher mais humanos das arvóre paras escrever melhor sobre eles.
Monday, December 13, 2004
Human culture
Como todos sabem os humanos crescem em árvores. É por isso relativamente fácil chegar ao pé de uma destas, arrancar o que mais nós convêm, e dar-lhe o uso que mais nos apraze: liquefazer em sumo/batido, fazer saladas com várias variedades, dá-los a comer aos animais caso sejamos empresários de pecuária.
Eu tenho um grande problema, que resulta da minha estatura mediana: não consigo alcançar os que crescem nos topos das árvores (crescem mais fortes pois não há quem lhes faça sombra). Apenas estão ao meu alcance os que crescem nos ramos mais baixos, ou crescendo em ramos mais elevados, crescem em grande número, e com a ajuda gravidade forçam o ramo a baixar.
“E os que caem no chão? Despreza-los?”
Bem… Sim!!! Deixem-nos apodrecer que o seu tempo já passou.
“E não os usas como alimento dos animais?”
Raramente, que os meus porcos gostam é de pérolas. E prefiro dos que tem bicho, pois como se diz lá minha terra, “maçã que tem bicho é porque o remédio não lhe tocou”!
Por isso vou continuar a levar para casa a fruta que quero e que consigo apanhar. Pode ser que um dia tenha acesso a todos os humanos, nessa altura relatarei o uso que lhes dei e o prazer que isso me deu.
Como todos sabem os humanos crescem em árvores. É por isso relativamente fácil chegar ao pé de uma destas, arrancar o que mais nós convêm, e dar-lhe o uso que mais nos apraze: liquefazer em sumo/batido, fazer saladas com várias variedades, dá-los a comer aos animais caso sejamos empresários de pecuária.
Eu tenho um grande problema, que resulta da minha estatura mediana: não consigo alcançar os que crescem nos topos das árvores (crescem mais fortes pois não há quem lhes faça sombra). Apenas estão ao meu alcance os que crescem nos ramos mais baixos, ou crescendo em ramos mais elevados, crescem em grande número, e com a ajuda gravidade forçam o ramo a baixar.
“E os que caem no chão? Despreza-los?”
Bem… Sim!!! Deixem-nos apodrecer que o seu tempo já passou.
“E não os usas como alimento dos animais?”
Raramente, que os meus porcos gostam é de pérolas. E prefiro dos que tem bicho, pois como se diz lá minha terra, “maçã que tem bicho é porque o remédio não lhe tocou”!
Por isso vou continuar a levar para casa a fruta que quero e que consigo apanhar. Pode ser que um dia tenha acesso a todos os humanos, nessa altura relatarei o uso que lhes dei e o prazer que isso me deu.
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