A Caverna (de Platão)
(co-autoria de Elyn)
Sinto-me com se estivesse numa jaula, numa gaiola... E quando encosto o meu rosto ás barras que me prende sinto o vento da liberdade que sopra lá fora, e me chama. E a vontade de sair apodera-se de mim como um desejo quase carnal, impaciente... A chave da gaiola está no centro da mesma, bastam-me uns passos e estender a mão...
Enquanto caminho observo a gaiola. Conheço todos os seus cantos. As fotografias na parede por mim penduradas. Aquela cadeira saída do meu labor. Nesta ambiente aconchegado sinto-me seguro. Há perigos, a vida aqui não é fácil, não sou objectivamente livre de fazer o que quero por mais que tente. Por mais poder que tenha nunca estarei no topo da hierarquia. Que perigos me espreitam lá fora? Os de cá dentro já os conheço, prevejo-os, sei como me esquivar, ou como sarar as feridas que eles que causam. Mas e lá fora? Terei liberdade! Mas sobreviverei tempo suficiente para dela usufruir?
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