Thursday, September 11, 2008

Words don't come easy....

I am interested in words, particularly in the misuse of words. I am also interested in humans and their quirks. Mix the two and I can safely say that I am passionate about how humans misuse words.

Brits mock US Americans for the their misuse of Awesome. And it is easy to see why. Some people find a red designer shirt or a line of C++ code Awesome. For those who don't know what Awesome means: "Inspiring awe, admiration or wonder" and Awe is "An overwhelming feeling of wonder or admiration". I don't think I have ever felt awe, and never after looking at new mobile phone.

But Brits have their own word sins. Apparently they are quite Passionate (Having or expressing strong emotions). And passionate about everything: work, sausages, East Midlands, fruit, kids (dodgy), etc....

But I live in Britain and can safely say that Brits are almost as passionate as a Lettuce. Do they even know what passion is? The example that springs to mind when the word passion is uttered, are the Russian Characters of Dostoevsky novels. That is passion! Strong temporary insanity.

I could tell you that Brits, specially politicians, are committed to... everything really. I have seen one trying to hit cars, the evil, because he was so committed to saving the planet. He is now committed to improving the NHS.

But my fellow countrymen are not without sin in this matter. They tend to use variants of "seriously" and "honestly" at the end of their statements. Makes me wonder whether they are lying all other times and doubt their intentions when they try so strongly to convince me of the "truth".

But tell you the truth, I am a cynic. Honestly!

Wednesday, August 13, 2008

Os meus pecados sociais

Fui ao centro comercial. Nada de mais banal e de mais fútil. Tenho um telemóvel novo e quero um cabo para passar músicas do PC que possam servir de toque. Os réis também são fúteis.

Tiro a senha de vez (uma das melhores invenções a seguir ao dinamite), e fico na fila à espera da minha vez. Para entreter o tempo, tento caracterizar cada um dos que estão a atender. Rapazes e raparigas relativamente novos, 6 no total, todos bem embrulhadinhos nos seus uniformes que para os homens são umas camisas de azul mortiço, e para as mulheres umas camisas vermelho vivo estampadas com o logótipo da empresas. Quatro atendiam os clientes, embora a definição de cliente aqui esteja mal empregue, pois só serei cliente após uma compra... não será assim? Outro está a tirar faxes e fotocópias. Mas aquela que me prende a atenção está simplesmente sentada no tampo de um pequeno bacão na parte de trás da loja. Não sei se que o me prende o olhar é facto de estar vestido com uma camisa-uniforme diferente, se é o facto de estar ali ocupadíssima a abanar as pernas e a olhar o vazio ou por rosto delo me ser vagamente familiar.

Chega finalmente a minha vez, como tinha alguma pressa já tinha pensado na forma de formular a pergunta (estou sempre com pressa de sair de grandes superfícies comerciais, sufocam-me. Não pelo por ser um marxista-leninista devoto, mas porque não gosto de ajuntamentos de pessoas, sinto que me roubam o ar... todas aquelas luzes confusão de sons, são demasiados estímulos para o meu cérebro. Sinto que não estou a ali).

Quando me aproximo do balcão, aqueles olhos fixam-me, e dos lábios brota um banalíssimo “olá! Tudo bem?” Quase sem entoação, mecânico. Reconhecia-a. Recompus-me, abanei a cabeça e disse olá. Fiz a pergunta o mais rapidamente possível (não tinham o que procurava) balbuciei um “tudo bem contigo?” e saí o mais rapidamente possível dali.

Não sei porque agi desta forma. Como se tivesse vergonha dela. Na verdade fiquei surpreendido por a encontrar naquela situação. sabia que estuda uma licenciatura qualquer de ensino, e surpreendeu-me um pouco que estivesse num domingo á tarde numa loja daquelas. Estava mais velha do que nem recordava. Já não era aquela miúda de 15 anos que conheci quando era escuteira. Que se sentava em frente mim e se entretinha a cruzar e descruzar as pernas vestida com uma daquelas saias-uniforme dos escuteiros. Nunca fora extraordinariamente bonita, mas aquele acto encerrava em si toda a sensualidade dum acto rebelde de adolescência. (entendamo-nos... eu tinha apenas 17 anos e nunca lhe toquei – infelizmente!). A idade alterou-lhe os traços do rosto, daí não ter reconhecido. Acentou-lhe os piores tracos do rosto. Tornou-se uma mulher como tantas outras, vulgar, monótona, com o charme e o magnetismo de um tupperware. Quanto a mim o tempo apenas me deu mais idade.

Na verdade a minha fuga não foi dela. Foi de mim próprio. De ver reconhecido ali o meu fantasma do tempo passado. De uma idade que eu era ingénuo e (quase) inocente com uma agravante: tinha a veleidade de me julgar esperto.

Monday, August 04, 2008

The Meaning of Freedom

Being a Renascence Man, I try to enlighten myself in every possible way. So besides being fluent in several languages, working in science, having a blog, being a musical snob, I am also a Bartender.

While learning how to mix Margaritas and Menstruated Maries, my teatcher explained to me what freedom is:

"When people walk in a Bar you should be able to serve whathever they choose to drink"

Anything?

"Yes. If they want a glass of piss, you warn them about the dangers, price it and serve the piss to the costumer."


That sums up freedom.

Thursday, June 05, 2008

Desafio

O meu Camarada D-Holbster desafiou-me para escrever mais neste espaço e de seguida pede aos leitores dele para lhe explicarem porque é que o formato paperback nunca arrancou em Portugal. Vou então chacinar dois transeuntes com uma bomba.

Eu comprei recentemente, ou seja da ultima vez que estive na Lusitânia, um livro na FNAC por uns 5 euros... do António Lobo Antunes, Memória de Elefante (muito bom e estranho). E havia mais autores á escolha... por isso ainda há esperança para este formato em Portugal.

Mas há uma razão óbvia para explicar a falha de vendas desse formato: não há muito gente a ler, logo qualquer formato falha. Mas gostaria de analisar porque se vendem muitos paperback noutros países nomeadamente na velha Albion.

Na minha opiniao a razão prende-se com o "género" de livros que vendem muito: biografias de jogadores da bola/cricket rugby/pseudo-celebridades em geral, livros Dan Brown-ish, etc. Ora esses sao os que vendem muito. Coisinhas leves para as viagens de comboio/avião - com as restrições nas bagagens um destes vamos ter de carregar os livros nalgum orifício á la Papillon. Estes livrinhos que se leiem de uma penada e nao pesam nem na bagagem como referido, nem na cabeça (a nao ser que seja lido por um jogadore da bola/cricket/rugby/pseudo-celebridade). Chega-se ao trabalho e já se esqueceu o que se leu há 5 minutos atrás.

Cá vai uma lista dos paperback mais vendidos no UK nas categorias de ficção e não-ficção, e diz-me se comprarias algum caro Barão?

Também já comprei livros de autores consagrados por 2 - 5libras (3 - 7 euros). Mas estes livros sao baratos porque existem os outros para dar lucro ás editoras. Volta-se á velha questão, porque é que há tão pouca gente a ler em Portugal?

Wednesday, April 16, 2008

Alzheimer Disease

Just read this article and it seems that heavy drinkers and smokers suffer from Alzheimer disease (AD) earlier in life. That is, if they survive until they are 60 or 70. And if they do, that is the least concern they have. They probably lost a liver due to cirrhosis , can't climb stairs and gone trough chemotherapy... and it seems like that has a few minor side effects like sickness, diarrhoea and hair loss - to name a few. I think they can handle not knowing what the have eaten at lunch.

What could be a problem is not remembering all those drunkard stories to tell their mates in the nursing home. After spending so much time trying to promote themselves in the social environment's by drinking senseless being unable to boast about past vomiting episodes must the emotionally distressing.

Another potential concern is smoking and suddenly realize that there is no pleasure in it. Hell! Why am I doing this? there is smoke coming out of my mouth... it burns in my lungs (do I have lungs?)! Oh no.... there is something burning in my hands... panic alarm... throw it away... oh no, I am in bed... oh no... the bed is burning... and I am an invalid...
Let's say that at the end of this story, insurance companies will not be happy.

A pearl from the piece: "It has been projected that a delay in the onset of the disease by five years would lead to a nearly 50 per cent reduction in the total number of Alzheimer’s cases". They also mention that all the subjects were at least 60 years old. Of course there is a reduction in the number of cases. 50% of the subjects probably died before developing the disease.

My suggestion to avoid Alzheimer is: don't age.

Thursday, November 01, 2007

Um poema/Canção de JP Simões

"A minha geração, já se calou, já se perdeu, já amuou,
já se cansou, desapareceu, ou então casou, ou então mudou
ou então morreu: já se acabou.

A minha geração de hedonistas e de ateus, de anti-clubistas,
de anarquistas, deprimidos e de artistas e de autistas
estatelou-se docemente contra o céu.

A minha geração ironizou o coração, alimentou a confusão
brincou às mil revoluções amando gestos e protestos e canções,
pelo seu estilo controverso.

A minha geração, só se comove com excessos, com hecatombes,
com acessos de bruta cólera, de morte, de miséria, de mentiras,
de reflexos da sua funda castração.

A minha geração é a herdeira do silêncio,
dos grandes paizinhos do céu,
da indecência, do abuso.
E um belo dia fez-se à vida,
na cegueira do comércio

A minha geração é toda a minha solidão, é flor da minha ausência, sonho vão,
aparição, presságio, fogo de artifício, toda vício, toda boca
e pouca coisa na mão.

Vai minha geração, ergue a cabeça e solta os teus filhos no esplendor do lixo e do descuido, deixa-te ir enquanto o sabor acre da desistência vai
corroendo a doçura da sua infância.
Vai minha geração, reage, diz que não é nada assim,
que é um lamentável engano, erro tipográfico, estatística imprecisa, puro preconceito, que o teu único defeito é ter demasiadas qualidades e tropeçar nelas.

Vai minha geração, explica bem alto a toda a gente que és por demais inteligente, para sujar as mãos neste processo, triste traste de Deus.
De fingir que o nosso destino é ser um bocadinho melhor do que antes.
Vai minha geração, nasceste cansada, mimada, doente, por tudo e por nada, com medo de ser inventada
O que é que te falta, agora que não te falta nada?
Poderá uma pobre canção contribuir para a tua regeneração ou só te resta morrer desintegrada?

Mas minha geração, valeu a t’apaça, até teve graça, tanta conversa, tanta utopia tonta, tanto copo, e a comida estava óptima! O que vamos fazer?"

Friday, October 26, 2007

Eutanásia escolar


http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308806

Será esta a machadada final na escola tal como a conhecemos? até já passava toda a gente quer aprendesse quer não. Os níveis dos exames finas baixam para toda a gente tirar grandes notas e atingir os mínimos exigidos para frequentar um curso superior (mesmo com o QI de uma porta ondulada). Nos intervalos nao se partem janelas com bolas de futebol, mas caras do profs com tacos de basebol (rimei! será que ainda á alunos que aprendem o que isto é). E agora nem é preciso ir ás aulas para passar de ano!! Ou melhor: não se aparece na escola durante o ano quase todo e no fim faz-se um examezito - deve der um daqueles bué difíceis -
e pronto, é-se integrado mesmo a tempo de haver reunião de professores que não podem chumbar o aluno só porque ele não sabe nada.

Sim, que ele não sabe porque é burro e baldas, mas porque os stores não o cativaram suficientemente para a aprendizagem. Ele até mostrou algum esforço em aprender ao aparecer na ultima semana de aulas!!

Monday, September 17, 2007

Transgénicos, ou como o meu cérebro morreu


Como sou um expatriado não tenho tido muito tempo para escrever. Não existe nenhuma relação de causalidade, apenas quero tornar-me importante aos vossos olhos - ser um expat fica sempre bem - Quando houver uma revolução, formo um partido e volto para ser um politico que lutou por ela como o Sr. Mário Soares, esse arauto da liberdade. Mas mesmo estando no exílio, continuo a ler as noticias desse vosso cantinho á beira-mar. Claro que a distancia não me dá todos os ângulos das noticias, não tenho por exemplo acesso ás pérolas dos noticiários portugueses.

Há algum tempo li uma noticia acerca de um grupo de "pessoas" que foi a um propriedade agricula destruir milho transgénico que é mau para a saude e tal.

Não me havia ainda apercebido da magnitude das razoes cientificas desta "manif". Mas aqui estão elas explanadas:

http://www.youtube.com/watch?v=DWDjRD3ygko


(não ponho um vídeo porque ainda não sei como se faz e gosto de manter o meu canto da blogosfera simples)

E aqui está a minha parte preferida:

Gualter Batista: "...alguns tinham a cara tapada até possivelmente por razoes estéticas..." referindo-se aos activistas

Mário Crespo: "podia-nos explicar que razoes estéticas sao essas?"

Gualter: "tem a ver com o facto de poder sinalizar (?) poder haver um risco de inalação de pólen transgénico(????)"

Risco de inalar pólen transgénico? e pólen normal? será os membros do movimento Verde Eufémia sejam simultâneamente membros da Associação Portuguesa de Asmáticos? E sendo assim, onde andavam os inaladores? e como inalavam com as mascaras? Mais assustador é pensar que por inalar pólen transgénico nós vamos tornar-nos uns monstros verdes e começar a largar pipocas pelos orifícios corporais sempre tivermos febre. Será por isso que as caras sao tapadas por razoes estéticas, para evitar os meninos se tornem feios por estarem expostos ás sementes do capitalismo? Será que vamos ser infectados pelo DNA transgénico? Mas o milho também não tem DNA? e todo o milho que eu comi em toda a minha vida? e tudo o que eu comi que contem DNA? e será que o cérebro do Gualter morreu antes de ele ir para a entrevista?

Espero que as pessoas do movimento Verde Eufémia facam algumas coisas antes de planearem a sua próxima manif: 1) pensem; 2) planeiem ao invés uma/várias acção de informação a explicar o que sao os transgénicos; 3)pensem outra vez; 4) pelo amor do sagrado coração de maria, nao usem o Gualter com porta-voz ou então expliquem-lhe o que sao e quais os perigos (ou nao) dos transgénicos antes de ele ir para a televisão. O menino agora ficou com a imagem marcada para sempre (como se não bastasse o rabo de cavalo).

Eu sei que é chato explicar os benefícios e malefícios dos transgénicos, ate porque a populaça pode pensar que afinal não há grande mal, mas facam um esforço vá lá, vocês até se dizem democratas e tudo. E se mesmo assim decidirem ir para o meio do milho não se esqueçam dos inaladores para a asma.

Friday, April 27, 2007

“Oh! You are such an understating person.”


Yes I am. But who the fuck understands me? So bugger all to your nice little words spoken as a token of appreciation for that orgasm. What I need you can not give me. Do you know why? Because you need me to tell you what I need.

Confused dear?

Of course you are. I always expect more from people. And I appreciate particularly those that do not expect anything from me. You expect me to be this and that and strong and caring and do the right thing at the right time and fuck you sideways and cuddle you and be interesting and not to connect too much to you and yet be caring as if I did care and to fuck you again. Actually I do like to perform sexual intercourse with you. But in the end… I am not prostitute. I need more than sweet gentle words to pay for my services.

Actually, I am bit of a whore that likes to be paid in sex. But that is not the point! The point is… well… ahh… I lost myself!

Fancy another shag dear?

Monday, November 27, 2006

A importãncia da anormalidade

Não sabia que eras canhota. Interessante.

"Sim, sou. faz alguma diferença?"

Claro que faz. Agora vou ser mais simpático contigo e tratar-te melhor.

"Porquê?"

Porque és deficiente.

Tuesday, October 03, 2006

Red-faced monster... my life

Sunday, September 24, 2006

Sunny day in Britannia

Perfect sunny day. I was walking a promenade that is vehicle-free for 200 years. It is a lot of time, almost as much as the ruling of Queen Elizabeth II. At the end of the promenade I had to cross a car street, so, as a well behaved citizen I stopped in the red traffic lights. On the other side of the road was a family. The economically perfect family: the parents, male and female, and their children, apparently a boy and a girl. I called them perfect, because single persons are always penalized in the price of things, such as hotel rooms and even food that usually comes in family-size packs which are cheaper but who wants to buy meat for four when you are alone? Not that being single and lonely is bad. Sex is great when you are alone, and you don’t even have to talk to your partner when you finish - Just turn off the DVD and clean yourself.

The father, I mean, the spouse, I mean, the adult male of the family, was taller than average as opposite to the mother that was rather short. Both children were average size. What caught my attention to this family was the fact that their all licking ice-creams. The children avid of the sugar and fat in it and yet struggling with the technique of eating it without getting too dirty, the father tasting it with sobriety and the mother, which was not the least attractive by the way, was licking the ice-cream with such deft tongue strokes that one wonders whether they should create TV shows about the art of ice-cream licking.

I was still gazing at them with the curiosity of a biologist (that I am) observing a newly found specimen, when they decided to cross the street. And there I stood impassive as a car hit them and shattered their small, and big, bones and a puddle of blood formed by the four person’s blood. Funny that there is an expression “my own blood” referring to relatives.

When the traffic lights finally turned green I crossed the street, which caused some annoyance because of the blood. I had just put on some new shoes I did not want to get stains of blood on them. They were expensive shoes and you know how hard those stains are to remove. So I had to make a detour and got a headache with all the fuss and police sirens, ambulances, etc. What a waste of time! They should have just called the coroner. To much hassle in a perfect sunny day because some people don’t respect traffic lights. What a bad example for their children.


P.S. – The sun kept shining.

Saturday, July 29, 2006

Perfect conversation III


Perfect conversation II

Perfect conversation I


“Privet António!”

Privet Alyona.

Limbo

If god existed he should come down and release his wrath upon all the embassy and consulate bureaucrats!

“I am sure he as a lot more to do”

Is anything more important than my passport?

"???”

If I died today what would have become of me? I would be barred in the gates of hell, because I have no ID… like a teenager in a nightclub! I would be condemned to live the rest of my life in a bureaucrat limbo. Kafka’s worst nightmare.

“why hell? you would also be barred in heaven, wouldn’t you?

“oh my fair friend, I have dome enough by mow to deserve hell. Do you know the 7 capital sins? I have had a piece of all of them. How about the Ten Commandments? 9 of them are gone. And my favourite is “You shall not commit adultery”.

“You are doomed!!”

I could be. But god does not exist… and I don’t have my passport.

Friday, June 23, 2006

Postcard from a Hooker in Minneapolis
(Tom Waits)

Or, because X-mas is not when a man wants, neither when a woman wants, but a question of luck.

Sunday, June 18, 2006

Once upon a time in a train

É frequente ouvirmos falar que uma simples acção pode alterar todo o curso de uma vida. Filosofia de Paulo Coelho. Tretas! Ok, estou a ser demasiado duro. Se eu espancar alguém até á morte provavelmente ganho uma estadia grátis em vale de judeus. Mudo logo a minha vida.


Refiro-me á possibilidade holywoodesca de vencer todas as inibicoes e iniciar uma conversa com uma rapariga desconhecida, aleatoriamente, e num passo de não termos o melhor sexo da nossa vida, 4 ou 5 putos, casa, perdão, T5 nos subúrbios e um enterro cristão, com carpideiras e tudo.


Pois bem. Enquanto cientista que sou, vou testar a “Random Happiness Hypothesis!". À minha frente no comboio está sentada uma rapariga lindissíma (ao telefone, acabou de praguejar - perfeito). Olhos azuis cristalinos e um sorriso como o desbrochar de uma flor (sou um romântico!). O bolo no topo desta cereja é um sotaque tão britânico que sinto o smog a rodeiar-me.


Quando me sentei trocámos alguma palavras de circunstancia. Pensei em iniciar uma conversa dizendo algo de espirituoso como: “chove como o caraças por estes lado não?”. Mas não o fiz. Já vi este filme. Já fiz parte do argumento deste filme de serie Z, noutra vida. Esforço, energia dispendida, sorrisos vagos e de enfado, e no fim, saímos em estacoes diferentes aliviados pelo desfecho.


A realidade hooliwodesca é possível! Possível, mas improvável. A natureza, os animais e plantinhas, regem-se por um simples principio: gastar apenas a energia necessária para assegurar descendencia. Simples e eficaz. Então para que insistir irracionalmente nesses gastos de energia? Alguem gasta 20 euros em raspadinhas para ganhar 1 euro ocasionalmente? Claro que não! Seria demasiado irracional, e nós humanos somos “animais” irracionais.


Perguntei-lhe para onde viajava. Com um sorriso nos lábios respondeu. E nunca mais os labios dela se abriram para o resto da viagem. Não é o meu dia de sorte. Eu sabia que devia ter cortado a barba antes de sair de casa.

Wednesday, June 14, 2006

Querida Maria,

tenho um problema. Não sei se é realmente um problema. Por vezes fico completamente absorto nos locais mais inimagináveis. Quase como que a perder consciencia, sem no entanto ter perdido os sentidos. O melhor será dar-lhe um exemplo para que possa perceber melhor. Hoje fui á casa de banho e, após urinar, senti-me frágil, fraco mentalmente. Olhei-me no espelho e sem qualquer razão encostei a minha fronte ao espelho de modo a que todo o meu corpo estive apoiado na minha cabeça. E assim fiquei... vários minutos... apenas os meu olhos reagiam ao comando do meu cérebro. E pensando melhor acho que o meu cérebro realmente ficou desligado nesse período, como um coma de olhos abertos. Via os meus braços... a roupa que trazia vestida... tudo! mas nao conseguia formar um único pensamento, nada! Embora o meu corpo tivesse energia, quiçá proveniente da Deusa Cafeína, nao conseguia mover um único músculo... nem queria. E assim fiquei.

Será que estou doido?



Caro Boabdil,

vê se cresces! quanto mais te queixas mais a vida te foge. Daqui a uns tempos estás a queixar-te que devias ter feito muito mais do tempo biológico que já usufruíste. De quem é a culpa?Tua! Passas demasiado tempo a limpar espelhos com a testa. Ou então és mesmo socialmente inadequeado. Mas isso realmente interessa?

Friday, May 19, 2006

Animais

Há uns dias atrás vi documentário na televisao britanica. O assunto era um grupo de defensores de animais que por estes lados podem ser uma mistura de chacais com elefantes, mas raramente porquinhos da india.

Um dos elementos deste grupo confessou que aos 22 anos fez uma vasectomia, para assim se concentrar aexclusivamente na sua missao: o bem-estar de todos os animais deste mundo.

A liberdade é uma coisa muito bonita.